VATICANO

Papa denuncia discursos nacionalistas contra estrangeiros

O papa Francisco fez um apelo também pela paz, dizendo que "o aumento da intimidação e a proliferação incontrolável das armas são contrários à moral e à busca de uma verdadeira concórdia"

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Publicado em 18/12/2018 às 10:32
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O papa Francisco fez um apelo também pela paz, dizendo que "o aumento da intimidação e a proliferação incontrolável das armas são contrários à moral e à busca de uma verdadeira concórdia" - FOTO: Foto: AFP
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O papa Francisco denunciou, nesta terça-feira (18), o atual "clima de desconfiança" em relação aos estrangeiros, ou aos migrantes, propagado em parte pelos discursos nacionalistas, em sua mensagem anual pela paz, dedicada ao bom uso do poder político.

"Vivemos, nesses tempos, em um clima de desconfiança que está enraizado no medo do outro ou do diferente, na ansiedade de perder benefícios pessoais e, lamentavelmente, se manifesta também a nível político, com atitudes de fechamento ou nacionalismos que questionam a fraternidade que nosso mundo globalizado tanto precisa", escreve o pontífice em sua mensagem preparado para o 52º Dia Mundial da Paz, que acontecerá em 1 de janeiro.

O papa também fez um apelo contra as guerras que afetam certas regiões do planeta. "O terror exercido sobre as pessoas mais vulneráveis contribui para o exílio de populações inteiras em busca de uma terra de paz".

"Não são aceitáveis os discursos políticos que tendem a culpar os migrantes de todos os males e a privar os pobres da esperança", insistiu o papa. "A paz se baseia no respeito de cada pessoa", ressaltou.

Para ele, "o aumento da intimidação e a proliferação incontrolável das armas são contrários à moral e à busca de uma verdadeira concórdia".

Também cita os "vícios da política" que afetam o "ideal de uma democracia autêntica", como a corrupção, a negação do direito, a justificativa do poder pela força, a xenofobia e o racismo, ou a rejeição ao cuidado da Terra.

Para o papa, "quando o exercício do poder político aponta apenas para proteger os interesses de certos indivíduos privilegiados, o futuro está em perigo e os jovens podem sentir-se tentados pela desconfiança, porque se veem condenados a ficar à margem da sociedade".

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