Líderes da base de coalizão do governo de Israel decidiram nesta segunda-feira (24) antecipar em sete meses as eleições. As eleições gerais vão ocorrer em 9 de abril de 2019. A previsão inicial era novembro. A reação ocorre no momento em que os partidos que formam a base divergem sobre um projeto que fixa novas regras para o serviço militar.
A decisão foi confirmada por interlocutores do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. No seu quarto mandato no cargo, Netanyahu comanda a coalizão que reúne 61 parlamentares do total de 120 do Knesset (parlamento israelense). A base é liderada pelo partido Likud de Netanyahu e está no poder desde maio de 2015.
Segundo Netanyahu, sua expectativa é de que uma coalizão de direita semelhante à atual vença as eleições de abril.
Divergências
Há informações de que a base aliada se dividiu em torno da obrigatoriedade do serviço militar para os homens judeus ultra-ortodoxos, que são isentos atualmente. Os partidos ultra-ortodoxos temem a medida e retiraram o apoio à base aliada do governo.
A coalizão de Netanyahu teve divisões internas durante meses. Avigdor Lieberman deixou o cargo de ministro da Defesa em novembro sobre o que ele considerou ser uma fraca resposta aos ataques com foguetes em Gaza.
Netanyahu liderou Israel de 1996 a 1999 antes de recapturar o primeiro-ministro em 2009. A antecipação das eleições ocorre no momento em que o primeiro-ministro enfrenta acusações decorrentes de uma investigação de corrupção.
*Com informações da DW, agência pública de notícias da Alemanha
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