A Bélgica denunciou o irmão do suposto coordenador dos atentados extremistas de Paris, em novembro de 2015, e de Bruxelas, de março de 2016, de participar de "atividades de um grupo terrorista como dirigente", anunciou nesta sexta-feira (2) a Procuradoria Federal belga.
Segundo o Ministério Público belga, Yassine A., cidadão belga de 30 anos, também foi denunciado na quarta-feira (31) por "assassinatos terroristas", durante a investigação dos atentados de Paris.
Uma fonte próxima à investigação confirmou que se trata de Yassine Atar, que já estava preso desde 27 de março de 2016 pelos ataques de Bruxelas, executados cinco dias antes e que deixaram 32 mortos.
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Yassine é irmão de Oussama Atar, procurado desde o verão passado e que os investigadores suspeitam que possa ter coordenado da Síria os ataques nas capitais francesa e belga com o apelido de Abou Ahmed.
Um argelino, detido no final de 2015 na Áustria proveniente da Síria e suspeito de ter participado dos atentados de 13 de novembro de 2015, em Paris, deixando 130 mortos, identificou Abou Ahmed - em uma foto que correspondia a Oussama Atar - como a pessoa de quem recebia ordens em Raqa.
Ambos também são primos dos irmãos El-Bakraoui, que explodiram o metrô e o aeroporto de Bruxelas em 22 de março de 2016.
No fim de abril, nove pessoas, entre elas quatro relacionadas à investigação dos atentados de Bruxelas, foram detidas durante uma ampla operação anti-extremista em Barcelona.
Segundo o jornal La Libre Belgique, foram os "mais próximos de Yassine, mais do que de Oussama", os alvos destas operações. "Três contatos de Yassine Atar foram detidos", escreveu o jornal.
