O lobista russo-americano Rinat Akhmetshin que participou de uma reunião Trump Tower no ano passado é um ex-oficial militar que atraiu escrutínio do Congresso sobre suas atividades políticas e foi somado a acusações de conexões com a inteligência russa, que ele nega.
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Akhmetshin confirmou na sexta-feira sua participação à Associated Press, fornecendo novos detalhes de um encontro em junho de 2016 que incluiu uma advogada russa e o filho mais velho do presidente americano, Donald Trump, genro e o presidente da campanha.
O seu comparecimento à reunião e os antecedentes de lobby criaram um novo capítulo na história que tem perseguido a Casa Branca por dias, adicionando dúvidas sobre a potencial coordenação entre a Rússia e a campanha de Trump.
E-mails publicados por Trump Jr. mostraram que ele foi informado que a reunião fazia parte de um esforço do governo russo para ajudar Donald Trump nas eleições. Um publicitário, que ajudou a organizar a reunião, disse a Trump Jr que a advogada russa Natália Veselnitskaya, que seria ligada ao Kremlin, teria informações sobre Hillary. O presidente da campanha do republicano, Paul Manafort, e o genro de Trump, Jared Kushner, também participaram da reunião.
Governo russo nega envolvimento
O governo russo negou qualquer envolvimento ou conhecimento da reunião. Perguntado sobre Akhmetshin, o porta-voz do presidente russo Vladimir Putin, Dmitry Peskov, disse a jornalistas: "Nós não sabemos nada sobre essa pessoa".
Em uma entrevista, Akhmetshin negou sugestões feitas em relatos na mídia, cartas do Congresso e acusação de que ele é um ex-oficial do Serviço de Inteligência da Rússia, alegando ser uma "campanha de difamação".
Ele disse à AP que serviu no exército soviético de 1986 a 1988 em uma unidade e que fez parte de uma equipe de inteligência, mas nunca que nunca foi formalmente treinado como espião. Ele disse que sua unidade operava no Báltico e era a "parte fraca da inteligência".