NICARÁGUA

Estudantes exigem investigação sobre mortes em protestos na Nicarágua

Os jovens propõe que a comissão seja integrada por representantes do não governamental Centro Nicaraguense de Direitos Humanos

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Publicado em 28/04/2018 às 17:21
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Os jovens propõe que a comissão seja integrada por representantes do não governamental Centro Nicaraguense de Direitos Humanos - FOTO: Foto: AFP
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Os estudantes da Nicarágua exigiram neste sábado (30) a criação de uma comissão internacional para investigar e punir os responsáveis pelas 43 mortes em protestos contra o governo na última semana. A comissão é uma condição para iniciarem um diálogo, informaram seus representantes.

"Esta comissão deverá investigar, condenar e sancionar todos os responsáveis intelectuais e materiais dos crimes contra a humanidade cometidos no contexto da repressão", afirmaram os estudantes universitários em uma declaração pública. 

Os jovens propõe que a comissão seja integrada por representantes do não governamental Centro Nicaraguense de Direitos Humanos (Cenidh), a Corte Internacional de Justiça (CIJ), a Comissão Interamericana de Direitos Humanos e as Nações Unidas (ONU).

"Não aceitamos que os assassinos investiguem a si mesmos", repudiaram os estudantes pedindo a dissolução de uma Comissão da Verdade formada por pessoas notáveis anunciada pelo Parlamento.

Os estudantes pedem que o diálogo comece em meados de maio com a participação de diversos setores, "incluindo uma representação das famílias das pessoas assassinadas".

Demandam também que as conversas sejam realizadas "de maneira pública e [com] a cobertura dos meios nacionais e internacionais".

"Não aceitamos um diálogo fechado e de costas para a cidadania", concluíram.

Reforma

Uma reforma na Previdência que elevava a contribuição de empregados e patrões e reduzia o valor dos benefícios deflagrou a onda de protestos, no dia 18 de abril, liderada por estudantes universitários.

O governo suspendeu a reforma no dia 22 de abril e apelou ao diálogo para se chegar a um novo projeto, convidando a Igreja católica e setores privados, que solicitaram a inclusão dos estudantes nas negociações.

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