O candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, listou entre as medidas que pretende implantar no plano econômico a privatização de "boa parte" das estatais brasileiras e medidas para desburocratizar a economia.
"Se o governo não atrapalhar o empreendedor, temos como melhorar a questão do desemprego no Brasil", resumiu o presidenciável, que foi entrevistado do Roda Viva desta semana.
Bolsonaro, que reiteradas vezes é lembrado por ter demonstrado uma visão estatista em seu histórico parlamentar, veio ao programa acompanhado do economista de sua campanha, Paulo Guedes, e afirmou que "não existe plano B" para ele, a quem adiantou ser o ministro da Fazenda caso vença as eleições de outubro.
Leia Também
Reforma da Previdência
Como em vezes anteriores, ele reforçou a necessidade de se aprovar uma reforma da Previdência, mas disse ser contra o modelo defendido pelo governo do presidente Michel Temer. Bolsonaro ainda defendeu que os policiais tenham um plano diferenciado em relação ao sistema geral de aposentadoria dos civis. Ele ainda admitiu que existe corrupção entre os militares, mas defendeu ser "infinitamente menor" que entre os civis.
No programa, o deputado foi questionado por várias de suas declarações polêmicas, como a discussão com a deputada Maria do Rosário (PT-RS) e os comentários em relação aos quilombolas. Ele voltou a se colocar contra cotas para negros nas universidades e defendeu um sistema de meritocracia. "Vão pedir cota para nordestino agora?", questionou. Ele também se defendeu das acusações de que foi machista com a deputada Maria do Rosário, que atualmente o processa. Bolsonaro se queixou que metade dos 30 processos que tem contra ele seja por declarações dadas na tribuna da Câmara. Na tribuna da Câmara, eu tenho imunidade", se defendeu.