Aliança

Contra Bolsonaro, Haddad não descarta aliança com Alckmin no 2º turno

''O PT não tem esse preconceito'', afirmou o petista ao ser questionado

Da editoria de Política
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Publicado em 09/08/2018 às 21:14
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''O PT não tem esse preconceito'', afirmou o petista ao ser questionado - FOTO: Foto: AFP
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Nesta quinta-feira (9), em evento do banco BTG Pactual, em São Paulo, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT), escolhido para vice na chapa do ex-presidente Lula, preso em Curitiba, disse que em um cenário hipotético, não descarta uma possível aliança entre o PT e PSDB. O cenário aconteceria se o candidato do PSL Jair Bolsonaro chegasse ao segundo turno com o PSL. “O PT não tem esse preconceito”, afirmou o petista ao ser questionado no evento.

Segundo informações do portal UOL, ainda comentando sobre o assunto, Haddad lembrou as eleições do final do século passado. "O PT e o PSDB, aqui em São Paulo mesmo, tiveram episódios muito interessantes", pontuou.

O ex-prefeito de São Paulo reforçou que esse seria um cenário improvável e que seria muito difícil essa análise na conjuntura atual, onde Alckmin só cresceria na disputa presidencial conquistando votos de Bolsonaro (PSL).

Durante a entrevista, Haddad lembrou de alianças anteriores entre os partidos tradicionalmente opostos. Em 1998, a então petista Marta Suplicy, ficou de fora do 2º turno na disputa do governo estadual e o PT apoiou Mário Covas (PSDB) na disputa contra Paulo Maluf (PPB, atual PP). O tucano venceu. Dois anos depois, Marta foi para o 2º turno e Covas retribuiu, uma vez que o adversário era Maluf também, e ela foi eleita.

Amigo de Ciro

Em entrevista à Rádio Jornal na última quarta-feira (8), Haddad chegou afirmar ser "amigo de Ciro" e que eles caminharão "lado a lado" para derrotar o "PSDB de Temer".

"Somos amigos do Ciro, vamos estar junto no segundo turno para vencer o governo do PSDB e do Temer", disse o petista. "Nós estamos no mesmo lado que é para vencer essas turma que está no poder", disse.

A declaração aconteceu após uma série de articulações do ex-presidente Lula, que garantiram que Ciro Gomes (PDT) ficasse sem o apoio do PSB. Assim, após ter perdido o "Centrão" (PP, DEM, PRB, PR e Solidariedade) para Geraldo Alckmin (PSDB), Ciro ficou isolado na corrida presidencial, enfraquecendo sua candidatura no campo da esquerda.

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