O Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) lançou hoje (14) um guia de combate à desinformação e à disseminação de notícias falsas (fake news) no processo eleitoral. A publicação, disponível gratuitamente na internet, traz dicas práticas para que os eleitores não sejam vítimas de notícias falsas ou as compartilhem.
O guia, denominado Internet, Democracia e Eleições, pretende facilitar ao eleitor a separação do que é fato e do que é opinião. De acordo com o coordenador do Grupo de Trabalho Internet e Eleições do CGI.br, Sergio Amadeu, a publicação preza, acima de tudo, pela liberdade de expressão na rede.
“A democracia não convive com a censura e com a perseguição política. Nós defendemos a liberdade de expressão e queremos ser vigilantes dela nas eleições. O que nós trazemos no guia de boas práticas é informação para as pessoas conseguirem separar opiniões de fatos”.
Ações para detectar fake news
A publicação destaca seis ações principais para auxiliar o leitor a detectar a desinformação: desconfie de títulos bombásticos; pense antes de clicar; verifique as fontes; duvide de informações compartilhadas sem referências; na dúvida, não compartilhe; e não se cale, [denuncie].
“Uma forma de checar uma informação proveniente de uma fonte duvidosa é procurando a mesma informação no seu mecanismo de busca de preferência. Lembre-se de que os principais meios de comunicação já se encontram presentes também no meio digital e buscam noticiar com agilidade os principais fatos ocorridos no país e no mundo; portanto, caso a informação seja verdadeira, você certamente a encontrará em veículos conhecidos”, destaca o guia.
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Amadeu ressalta, no entanto, que mesmo as chamadas “fontes seguras” podem cometer erros, e não devem ser tratadas como “sementes da verdade”. “Nós não detalhamos o que é uma fonte segura porque isso é muito difícil, é difícil você ter uma semente da verdade. Na verdade, o que nós estamos propondo é observar o máximo de fontes que a pessoas conseguir. Nós não podemos declarar o seguinte: procure tal órgão, até porque um órgão pode se equivocar naquele caso específico. Nós já vimos órgãos sérios de comunicação cometer equívocos”, avalia.