O candidato Ciro Gomes (PDT) evitou polemizar sobre a questão do aborto e disse que este é um tema que não cabe ao presidente da República. "Legalização ou não, não é tarefa da presidência da República. Para que cobrar do presidente uma tarefa que não é dele?", afirmou, durante agenda pública na cidade de Osasco, na Região Metropolitana de São Paulo. "Eu não sou candidato a guru de costumes."
Ciro acenou ainda ao eleitorado religioso ao falar sobre o aborto. "Eu não vou confrontar a população cristã, católica do Brasil, introduzindo uma tarefa que não é do presidente da República, é do Congresso", afirmou.
Sobre críticas do presidente Michel Temer a ele, Ciro brincou. "Ser agredido pelo presidente mais impopular da história é uma medalha", afirmou, ressaltando que os candidatos Geraldo Alckmin (PSDB) e Henrique Meirelles (MDB) representam o governo na eleição.
Corpo a corpo
Ciro se atrasou para a agenda em Osasco e acabou não discursando ao público que o esperava no largo em frente à estação da CPTM, no centro da cidade. Ele tirou fotos com apoiadores e moradores de rua.
Ele não deixou, porém, de cumprir o ritual de candidatos na cidade, ao comprar um cachorro quente, um dos símbolos do município.
Na barraquinha em que comprou o sanduíche, Ciro foi confrontado com uma pergunta inusitada. "Cadê a Patrícia Pillar?", questionou o comerciante Marcos Rogério da Glória. "Me separei dela há dez anos", respondeu Ciro.
Ciro estava acompanhado da atual namorada, Giselle Bezerra. A ela, coube apartar uma jovem que questionava os altos salários dos políticos ao candidato. "Deixa comigo", disse Giselle aos seguranças de Ciro. Ela então conversou com a jovem por cerca de três minutos.
Questionada pelo Broadcast Político (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado), Giselle falou da conversa com a adolescente. "Expliquei para ela que o Ciro é diferente e a convidei para conhecer nossas propostas no site", disse.