Comentando a prisão do ex-presidente Luíz Inácio Lula da Silva, Marina Silva (Rede), em entrevista à Rádio Jornal nesta quarta-feira (29), defendeu a Lava Jato afirmando que a operação "deu uma grande contribuição para o Brasil". Por outro lado, enfatizou suas críticas acerca do foro privilegiado e propôs uma "operação Lava Voto" para não reeleger os políticos investigados.
"A Justiça tem que ser aplicada para todos, e quem cometeu erros deve pagar pelos seus erros. O problema do Brasil é o foro privilégiado. Quem não tem, está sendo punido, como ex-políticos e empresários, por outro lado, muitos estão por aí impunes por terem esse privilégio. É nesse sentido que fiz a crítica", disse a candidata. "Se não fosse a Lava Jato esse país ia se decompor. Mas não pode ter dois pesos, duas medidas", completou.
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'Lava Voto'
Para Marina, uma das primeiras soluções contra o foro deveria partir da própria população. A candidata da Rede propôs que eleitores revisem seus votos para não eleger os mais de 200 deputados e senadores investigados atualmente, e chamou a medida de "Operação Lava Voto".
"A primeira articulação nesse sentido nós já estamos fazendo agora, esclarecendo a situação para a população. Existem mais de 200 investigados, não votem nessas pessoas. Vamos fazer a operação lava voto", disse a presidenciável.
"Nem todos do MDB, PT e PSDB se corromperam"
"É preciso votar em quem é ficha limpa. Quando chegar lá [no governo] vou dialogar com as pessoas de bem, que existem em todos os partidos. Nem todos do MDB, PT e PSDB, por exemplo, se corromperam", defendeu Marina. "Duvido que o Carlos Bezerra irá sabotar o meu governo. O Suplicy é um homem de bem também, como o Roberto Freire, o Cristóvão Buarque".