Segurança

Alckmin promete reduzir criminalidade no Rio de Janeiro

Vamos ''fortalecer a segurança (...) Nós já fizemos isso'' em São Paulo, afirmou o tucano

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Publicado em 31/08/2018 às 0:52
Foto: CARL DE SOUZA / AFP
Vamos ''fortalecer a segurança (...) Nós já fizemos isso'' em São Paulo, afirmou o tucano - FOTO: Foto: CARL DE SOUZA / AFP
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O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, prometeu nessa quinta-feira (30), em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, repetir as experiências que lhe permitiram reduzir a criminalidade em São Paulo quando foi governador.

Em uma caminhada com cerca de 200 apoiadores por Caxias, Alckmin, de 65 anos, prometeu "fazer a diferença, para recuperar o emprego e a renda", além de melhorar o sistema de saúde e reforçar a segurança pública.

Vamos "fortalecer a segurança (...) Nós já fizemos isso" em São Paulo, declarou o quatro vezes governador do estado.

"São Paulo tinha 13.000 homicídios por ano (...) No ano passado foram 3.503. Uma vida já teria valido a pena, mas foram 10.000 vidas salvas", declarou, em meio aos aplausos dos militantes que agitavam bandeiras.

Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em 2017 houve em São Paulo 4.831 assassinatos, o que significa 10,3 por 100.000 habitantes, quatro vezes a menos do que no Rio (40,4). O Brasil teve no ano passado um número recorde de homicídios: 63.880 (30,8/100.000).

Alckmin, cujo partido apoia o presidente Michel Temer, não consegue subir nas pesquisas para as eleições de 7 de outubro: aparece em quarto ou quinto lugar, com um máximo de 6% de intenções de voto.

Inclusive em São Paulo conta com apenas 12%, atrás do ex-presidente Lula (26%) e do candidato de extrema direita Jair Bolsonaro (21%), segundo uma pesquisa Ibope da semana passada.

Falta de carisma

Um dos seus desafios é se tornar conhecido longe de seus redutos, uma tarefa difícil para este médico católico carente de carisma, e que se apresenta como um bom gestor contrário ao "populismo".

Apenas 3% dos habitantes do estado do Rio de Janeiro estão dispostos a votar nele.

Muitas pessoas que presenciaram o seu percurso por Duque de Caxias admitiram saber pouco ou nada sobre o candidato, a quem seus críticos chamam de "picolé de chuchu".

"Não conheço. Nunca ouvi falar", afirmou Elena, uma aposentada de Duque de Caxias, de 68 anos.

Mas, ao contrário, Edilson Silva, um motorista 41 anos, sabe de quem se trata e tem uma imagem positiva dele.

"Não é um candidato novo, já está na política há alguns anos. Não sei quantos anos exatamente, mas pelo que eu tenho lido, visto, acredito que seja um político honesto, que vai fazer algo pela gente", afirmou.

Alckmin espera crescer nas pesquisas a partir de sábado, quando começará a campanha pela televisão.

Esta é a segunda vez que este médico católico disputa a Presidência. A primeira, em 2006, foi derrotado no segundo turno pelo então presidente em fim de mandato Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010).

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