O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Sérgio Etchegoyen, condenou nesta sexta-feira (7), em Brasília, o ataque sofrido pelo candidato à Presidência da República, Jair Bolsonaro, ferido por uma facada durante um ato de campanha, na tarde de quinta-feira (6), em Juiz de Fora (MG).
Etchegoyen acompanhou nesta manhã o desfile de Sete de Setembro, na Esplanada dos Ministérios.
“O mais importante nesse momento é baixar a temperatura e acalmar, mostrar para a sociedade a monstruosidade que foi feita ontem contra nossa democracia. Chamar à razão, baixar a temperatura e chegar à conclusão inevitável de que a radicalização vai destruir nossa democracia. Ela não pode continuar”, disse.
O ministro afirmou que a Polícia Federal (PF) está investigando o caso e que a violência é inaceitável nas eleições.
“O Brasil lutou muitos anos para chegar aonde chegou, com um modelo democrático onde todos nós celebramos, festejamos, e do qual não podemos nos afastar. Não é possível que tenha sido para isso que nós construímos a democracia. Não é possível que nós tenhamos evoluído tanto para admitirmos que, numa disputa democrática, numa campanha eleitoral tão importante, num momento tão sério, nós reduzamos a facadas, tiros ofensas e agressões, essa festa. É um desrespeito ao país, é um desrespeito à nossa história, é um desrespeito à sociedade”, completou.
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Bolsonaro foi transferido nesta manhã de Juiz de Fora para o Hospital Albert Einstein, em São Paulo. De acordo com a assessoria do hospital, o candidato será submetido a uma série de exames.
Alto Comissariado condena ataque a deputado
O Escritório para América do Sul do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (Acnudh) condenou hoje (7) o ataque contra o candidato à Presidência da República, Jair Bolsonaro, do PSL.
O representante da entidade, Birgit Gerstenberg, se mostrou na expectativa de uma investigação do crime. “Confiamos nas autoridades brasileiras para uma pronta investigação e punição dos responsáveis”.
Ele destacou a importância de assegurar a integridade dos candidatos durante a campanha.
“O processo eleitoral precisa garantir o direito à participação nos assuntos públicos, incluindo o direito à vida, à integridade física e às liberdades de expressão, reunião e associação”, explicou.