O ministro-chefe da Secretaria de Governo, Carlos Marun, espera que a recuperação do candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, ocorra em tempo para ele retomar as atividades de campanha e para que o processo tenha um segmento normal. De acordo com ele, as informações até agora não indicam uma conspiração
“O que soubemos ontem foi a prisão do portador do punhal e de mais um que teria contribuído, não temos nada, pelo menos que eu saiba, que avance no sentido de uma conspiração. As investigações continuam. A Polícia Federal está presente. A verdade vai ser elucidada, mas não temos ainda motivos para pensar que isso foi uma conspiração”, disse após participar do desfile de 7 de setembro, em frente ao prédio do Comando Militar do Leste (CML), no centro do Rio de Janeiro.
Segundo o ministro, o Brasil tem uma tradição de eleições pacíficas e democráticas e isso tem que ser respeitado. Para ele, o ataque sofrido por Bolsonaro é uma situação que não pode ser aceita de forma alguma pela população. “Nesse momento em que essa tentativa de assassinato entristece a todos nós, o que pedimos é calma e o respeito a tradição pacífica e ordeira das nossas eleições e da nossa democracia”, afirmou.
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Marun espera que o atentado sirva como um chamamento à sensatez, porque o país vive um momento de propagação do ódio. “Praticamente todos os setores envolvidos propagam o ódio, ódio, ódio. Esse ódio acaba empunhando facas e trazendo questões como essa. Todos nós temos que fazer uma reflexão”, afirmou.
Segurança dos candidatos
O ministro também comentou a questão da segurança dos candidatos à Presidência da República. “São momentos difíceis para que se faça a segurança, porque os candidatos querem o contato popular. Não dá para se fazer uma campanha com o mesmo nível de segurança que se tem aqui [se referindo ao local onde houve o desfile]. Então, quem está avaliando isso é a Polícia Federal”, indicou.
Sobre a intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro, Marun lamentou as mortes que vem ocorrendo, mas disse que o governo está no "caminho certo". “O fato de haver baixas significativas nos dois lados torna mais evidente ainda a necessidade da intervenção. Nós estamos no caminho certo. O trabalho está sendo bem executado”, completou.