ELEIÇÕES 2018

Questionado sobre indulto, Haddad diz que Lula quer ser absolvido na justiça

Haddad substituiu Lula como candidato a presidente da República pelo PT

Da redação com agência Estado
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Publicado em 17/09/2018 às 12:54
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
Haddad substituiu Lula como candidato a presidente da República pelo PT - FOTO: Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
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Candidato à Presidência pelo PT, Fernando Haddad não descartou, nesta segunda-feira (17), a possibilidade de conceder indulto ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) caso seja eleito em outubro. O petista participou de sabatina promovida pelo UOL, em parceria com a Folha e o SBT. Perguntado se daria o indulto, Haddad afirmou que Lula, condenado e preso em Curitiba, não troca sua "dignidade" por "liberdade".

Haddad espera que Lula seja absolvido e que o Comitê de Direitos Humanos das Nações Unidas deverá julgar o mérito de seu processo no primeiro semestre do ano que vem. "Acredito que ele vai ter justiça, que vai ser absolvido, inclusive porque isso não está mais apenas no âmbito nacional, mas internacional", afirmou Haddad, referindo-se à demanda apresentada pelo PT à ONU (Organização das Nações Unidas) sobre o caso.

Questionado novamente indagado sobre a possibilidade de indulto, o candidato criticou o processo contra Lula. "Li o processo [do tríplex], a acusação, a sentença e o acordão e quero dizer aquele processo não tem sustentação. Não é Haddad dizendo, mas centenas de juristas que se debruçaram sobre o processo", declarou.

O candidato afirmou que o ex-presidente Lula é seu "interlocutor permanente" e que será ouvido em um eventual governo. O presidenciável ponderou, no entanto, que quem assina leis e decretos é o presidente da República, ao ser perguntado se quem mandará em um eventual governo será Lula ou ele, escolhido como candidato após o ex-presidente ser barrado pela Justiça Eleitoral. "Isso é a lei quem manda, o presidente da República é que assina a lei. Jamais dispensaria a experiência do presidente Lula", disse Haddad.

Aceno a Ciro Gomes

Na sabatina, Fernando Haddad acenou para o presidenciável Ciro Gomes (PDT), afirmando que o pedetista poderá se aliar aos petistas em um eventual segundo turno e até participar de um futuro governo. Além disso, Haddad admite negociar com o PSDB em um eventual segundo turno contra um "mal maior", que seria enfrentar Jair Bolsonaro (PSL) na segunda etapa da disputa.

Haddad revelou ter sido convidado para ser vice de Ciro e acrescentou que o pedetista também poderia ter sido vice do PT na eleição. "Continuarei lutando para estarmos juntos. Será possível no segundo turno e mais ainda no governo", disse o candidato do PT.

"Não saberia dizer em que condições o PSDB está disposto a apoiar uma candidato do PT contra o Bolsonaro", afirmou o ex-prefeito de São Paulo, pontuando que há dois tipos de apoios: "para evitar um mal maior ou para pensar em uma agenda nacional"

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