A pesquisa do Ibope divulgada nesta segunda-feira (24) apontou os índices de rejeição dos candidatos à Presidência da República nos seguintes seguimentos: sexo, idade, escolaridade, renda, religião, cor da pele e região. A pergunta feita pelo instituto de pesquisa aos entrevistados foi: "Dentre estes candidatos a Presidente da República, em qual o(a) sr(a) não votaria de jeito nenhum? Mais algum? Algum outro?". Portanto, a soma dos resultados pode ultrapassar 100%.
Entre os primeiros colocados na taxa de rejeição estão Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT). Eles são os únicos a revezar a liderança nos recortes pesquisados. Os dois são também os mais bem posicionados na última pesquisa do Ibope de intenção de voto.
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Jair Bolsonaro (PSL)
O presidenciável do PSL aparece com a maior rejeição de modo geral, com 46%. Entre os segmentos específicos, o maior índice registrado foi na região Nordeste, onde 60% dos eleitores entrevistados disseram não votar nele "de jeito nenhum". No recorte, Marina Silva é a segunda mais rejeitada, com 26%.
A taxa de rejeição do candidato entre o sexo feminino também é alta, e atinge 54%, isolado em primeiro lugar. Em seguida aparece Fernando Haddad (PT), com 26%. Outras categorias nas quais Bolsonaro é rejeitado por 50% ou mais dos entrevistados são: renda de até 1 salário mínmo (57%), pretos/pardos (50%), jovens entre 16 e 24 anos (51%) e pessoas de 35 a 44 anos (52%).
Ele é menos rejeitado nas regiões Centro Oeste/Sudeste (38%), Sul (38%) e entre pessoas com renda maior que 5 salários mínimos (39%).
Fernando Haddad (PT)
Já o petista, segundo colocado nas pesquisas gerais de rejeição com 30%, é o mais rejeitado apenas entre eleitores com renda acima de 5 salários mínimos, com um percentual de 50%. Nesse segmento, Bolsonaro aparece na segunda colocação, com 39%. Nas demais categorias, o militar da reserva aparece na liderança.
Haddad é menos rejeitado nos seguintes segmentos: escolaridade entre a 4ª a 8ª série do fundamental (19%), raça/cor 'outras' (19%), Nordeste (17%) e renda de até 1 salário mínimo (16%).
Empate técnico
Os dois aparecem tecnicamente empatados entre pessoas brancas (Bolsonaro 40% x 38% Haddad), eleitores com ensino superior (Bolsonaro 47% x Haddad 46%), do sexo masculino (Bolsonaro 37% x 34% Haddad), e pessoas com mais de 2 até 5 salários mínimos (Bolsonaro 40% x 37% Haddad).
Sobre a pesquisa
As menores taxas de rejeição do ex-prefeito de São Paulo são nos seguintes seguimentos: escolaridade entre a 4ª a 8ª série do fundamental (19%), raça/cor 'outras' (19%), Nordeste (17%) e renda de até 1 salário mínimo (16%).
A margem de erro da pesquisa, encomendada pela TV Globo e pelo Estadão, é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. Foram entrevistados 2.506 eleitores em 178 municípios, entre os dias 22 e 23 de setembro. Registro no TSE: BR-06630/2018
O nível de confiança utilizado é de 95%. Isso quer dizer que há uma probabilidade de 95% de os resultados retratarem o atual momento eleitoral, considerando a margem de erro.