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'Não sou favorito, mas a eleição está aberta', diz Ciro

"Isso quer dizer que eu sou favorito? Não, eu nunca fui", afirmou

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Publicado em 25/09/2018 às 12:27
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"Isso quer dizer que eu sou favorito? Não, eu nunca fui", afirmou - FOTO: Mauro Pimentel / AFP
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Em visita a Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, onde cumprimentou pessoas em uma praça do centro na manhã desta terça-feira (25), o candidato do PDT à presidência da República, Ciro Gomes, deu pouca importância ao resultado da pesquisa Ibope/Estado/TV Globo de intenções de voto para presidente divulgada nessa segunda-feira (24). Neste levantamento, ele aparece em terceiro lugar, com 11% das intenções de voto, a metade do índice alcançado por Fernando Haddad (PT), de 22% das preferências.

"A eleição está aberta", afirmou, questionando também os resultados dos institutos de pesquisa. "Vamos pegar o passado para não parecer que é candidato se queixando de resultado de pesquisa: dia 23 de setembro de 2014, mais ou menos neste dia da eleição passada, o Ibope dizia que a Dilma tinha 37% (das intenções de voto), a Marina tinha 32% e o Aécio, 19%. Como todo brasileiro sabe, o resultado foi completamente diferente disso", afirmou.

"Isso tem duas razões. Primeira: o povo não decidiu ainda. Nós ainda temos três debates fundamentais, nas três emissoras (de TV) de maior audiência. Segunda: dia 29 você terá manifestações importantes de mulheres, que são a maioria do eleitorado e tendem a influenciar muito o voto. Cinquenta e um por cento das mulheres, que são 52% do eleitorado, não decidiram o voto ainda. Portanto, a eleição está aberta", afirmou.

"Isso quer dizer que eu sou favorito? Não, eu nunca fui. Vamos ter clareza, eu não entrei nisso porque era favorito. Entrei nisso porque a gente precisa dar ao povo brasileiro (uma opção)", afirmou Ciro, que lançou dúvida sobre a idoneidade dos institutos de pesquisa: "Neste país se compra e se vende até deputado. Será que os institutos de pesquisas estão imunes ao poder avassalador do dinheiro e da corrupção?"

O candidato do PDT acredita que o panorama eleitoral pode mudar até outubro: "As pesquisas são um retrato do momento, mas nenhuma nação do mundo civilizado dá aos institutos de pesquisa o direito de escolher por nós o nosso destino. Acredito muito que o povo vai tirar esses últimos dias (antes da eleição) para pensar. Será que o Brasil está obrigado a escolher entre o 'coisa ruim' (referência ao candidato do PSL, Jair Bolsonaro) e a volta do PT?"

"Será que o país aguenta esse nível de ódio na política? Quando a Dilma ganha a eleição por quase nada e o Aécio se nega a reconhecer o resultado, se cria a ambiência para destruir a economia. Quem está pagando muito caro por isso é a população mais pobre. Nós temos a chance de criar um caminho novo para o Brasil", afirmou Ciro.

Petróleo

O candidato pedetista criticou os leilões para exploração dos poços de petróleo no Brasil: "Pitorescamente, para não dizer canalhamente, entregamos o petróleo brasileiro, a pretexto de privatizar, para uma estatal da Noruega. Vamos ver quem é sério, quem é inteligente: o Brasil, que tem petróleo para dar e vender, ou a Noruega, que vem aqui com a estatal dela e compra o nosso petróleo? Evidentemente que os canalhas que nos governam estão levando algum por trás para entregar a riqueza do povo brasileiro aos estrangeiros", afirmou.

A visita a Duque de Caxias, que consumiu cerca de 40 minutos, foi o único compromisso de Ciro no Estado do Rio nesta terça-feira.

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