ELEIÇÕES 2018

PSB deve apoiar Haddad; crescimento de Bolsonaro assusta Paulo

Governador disse que PSB se reunirá a partir do dia 9 para tentar fechar apoio formal a Fernando Haddad

Paulo Veras
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Paulo Veras
Publicado em 05/10/2018 às 7:26
Foto: Hélia Scheppa/Frente Popular
Governador disse que PSB se reunirá a partir do dia 9 para tentar fechar apoio formal a Fernando Haddad - FOTO: Foto: Hélia Scheppa/Frente Popular
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Vice-presidente nacional do PSB, o governador Paulo Câmara anunciou nessa quinta-feira (4) que a sigla deve se reunir na próxima terça-feira (9) para tentar aprovar um apoio formal à candidatura ao Planalto do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT), em um eventual segundo turno da corrida presidencial. Um coro de “Ele Não” foi entoado pela militância durante o último comício do socialista, na noite de ontem, no Largo da Bomba do Hemetério.

Na van a caminho do local, o governador e aliados, como o senador Humberto Costa (PT), conversaram sobre o crescimento de Jair Bolsonaro (PSL) nas pesquisas e se mostraram assustados com o desempenho do capitão da reserva. Eles identificam apoio espontâneo a Bolsonaro nas ruas e acreditam que ele avança principalmente sobre indecisos, o que gerou a onda na reta final da campanha.

Publicamente, no comício e em entrevista à imprensa depois, o governador fez apelo pelo voto em Haddad, mas evitou fazer ataques a Bolsonaro. “Vamos discutir o segundo turno no segundo turno. Vamos trabalhar pela eleição do Haddad aqui em Pernambuco. Ele está na frente pelas pesquisas que a gente recebe. E temos que ver. O segundo turno é sempre uma eleição muito diferente. Vamos aguardar”, ponderou.

Humberto ataca

Um dia após ser vaiado por apoiadores de Bolsonaro após uma caminhada em Olinda, coube a Humberto disparar contra o presidenciável do PSL. “Não podemos correr o risco de ter um presidente da República pior do que esse que está aí. Porque Bolsonaro representa um projeto do ponto de vista econômico e social pior do que Michel Temer (MDB) representa. É alguém que representa um obscurantismo que nós só vivenciamos durante a época da ditadura militar. Um homem que quer aprofundar a desigualdade e a miséria no Brasil”, atacou o petista.

Em tom aguerrido, Humberto chegou a afirmar que Bolsonaro é contra o pagamento do décimo terceiro e do adicional de férias. Embora o vice dele, o general da reserva Hamilton Mourão (PRTB), tenha criticado as duas coisas, ele foi desautorizado publicamente pelo presidenciável.

No comício, os socialistas se mostraram confiantes com o resultado das urnas. Ao anunciar os números do Datafolha, um locutor afirmou que Paulo Câmara seria reeleito neste domingo (7). Oficialmente, porém, a campanha evita “subir no salto”, embora acredite que a vantagem sobre Armando está consolidada. “Daqui até domingo, ninguém precisa dormir”, pediu aos militantes o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB).

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