Mesmo evitando citar os nomes dos dois candidatos à Presidência do Brasil, Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT), a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) comunicou por meio de uma nota divulgada nesta segunda-feira (15) que repudia “todas as formas de ameaça às liberdades democráticas”. O documento foi assinado pelo reitor Anísio Brasileiro e pela vice-reitora Flaorisbela Campos e foi publicado no site da instituição de ensino.
CONFIRA O TEXTO NA ÍNTEGRA:
"Com a proximidade do segundo turno das eleições presidenciais de 2018 e atenta ao desenrolar da campanha, a Universidade Federal de Pernambuco considera urgente manifestar-se em defesa da universidade pública e em repúdio a todas as formas de ameaça às liberdades democráticas.
Ciente do seu papel histórico, a UFPE se posiciona por uma universidade que, além de gratuita e de qualidade, seja autônoma e socialmente referenciada. É a universidade pública que tem garantido os principais avanços do nosso país na ciência, na tecnologia, na inovação e nas artes. Os brasileiros devem abraçar ideias que defendam uma nação inclusiva, justa, capaz de superar os desequilíbrios regionais.
Nessa perspectiva, afirmamos nossa posição intransigente a favor do respeito à diversidade em todos os seus aspectos (de gênero, de livre orientação sexual, de identidade étnica e cultural), contra as pregações de violência e de intolerância e, acima de tudo, de defesa dos direitos humanos, da liberdade e da democracia".
UFRPE
Também por meio de uma nota publicada em suas redes sociais, a Universidade Rural de Pernambuco (UFRPE) saiu em defesa da democracia, onde chama as pessoas para a "necessidade do fortalecimento do diálogo e do respeito à diversidade de pensamento". Dessa vez, a nota foi assinada pela reitora Maria José de Sena e pelo vice-reitor da instituição, Marcelo Brito Carneiro Leão.
"O bom exercício da democracia não corresponde às atitudes daqueles que tratam adversários como inimigos, que usam da violência para negar a cidadania e a pluralidade de pensamento", dizia um trecho da nota.
A universidade ainda se solidarizou às pessoas que foram violentadas ou agredidas em virtude de seu posicionamento político ou por causa da sua orientação sexual. "Que as autoridades instituídas possam investigar seriamente cada caso e punir exemplarmente os responsáveis por tais atrocidades".