Tribunal Superior Eleitoral

Haddad critica 'silêncio absoluto' do TSE sobre compra de mensagens de WhatsApp

''Se a Justiça tomar providências, podemos ter menos desequilíbrio no segundo turno do que teve no primeiro'', afirmou Haddad

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Publicado em 19/10/2018 às 13:51
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''Se a Justiça tomar providências, podemos ter menos desequilíbrio no segundo turno do que teve no primeiro'', afirmou Haddad - FOTO: Foto: NELSON ALMEIDA / AFP
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O candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, criticou na manhã desta sexta-feira (19) o "silêncio absoluto" do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre a denúncia publicada na quinta-feira (18) pelo jornal Folha de S.Paulo de que empresas compraram pacotes de disparos de milhões de mensagens via WhatsApp, de apoio ao candidato ao PSL, Jair Bolsonaro (PSL), e contra o PT.

"Estamos a 10 dias do segundo turno. Se a Justiça tomar providências, podemos ter menos desequilíbrio no segundo turno do que teve no primeiro", afirmou Haddad. "O que aconteceu já é muito grave. Muitos parlamentares, uma parte do novo Congresso, foram eleitos com base nessa emissão de mensagens. Santinhos foram distribuídos em massa. É uma Justiça analógica para um crime digital."

Ataques 

Ele lamentou ataques feitos por eleitores de Bolsonaro à jornalista autora da reportagem. "Meu adversário não convive bem com jornalismo livre. Nós nem temos jornalismo livre", declarou Haddad, criticando a concentração dos veículos de comunicação.

Haddad também fez críticas à elite brasileira (que em parte apoia Bolsonaro). "Trata-se de um momento difícil porque a elite, que durante dois anos procurava o seu (Emmanuel) Macron (presidente da França), nos entregou Jair Bolsonaro, tamanha desproporção que existe entre um estadista, do qual você pode divergir, e uma pessoa que figura entre os piores parlamentares da história republicana."

Sobre a afirmação de Bolsonaro, de que o candidato do PSL já está "com a mão na faixa presidencial", Haddad classificou de "arrogância de quem é inexperiente".

'Block' em Flávio Bolsonaro

Senador eleito pelo Rio de Janeiro, Flávio Bolsonaro (PSL) publicou nas redes sociais nesta sexta-feira (19) que teria sido banido do WhatsApp, aplicativo de mensagens, "sem explicação nenhuma". O caso aconteceu um dia após a publicação do jornal Folha de S.Paulo que diz que empresários favoráveis a Jair Bolsonaro (PSL), pai de Flávio, estariam financiando uma campanha pelo aplicativo para disparar mensagens em massa contra o PT, do candidato Fernando Haddad. Flávio diz estar sendo vítima de perseguição.

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