Pedido de desculpas

Bolsonaro envia carta se desculpando por declaração do filho sobre STF

A carta foi endereçada ao decano do Supremo, Ministro Celso de Mello, que classificou como inconsequente e golpista fala do filho do presidenciável sobre a Corte

JC Online e Estadão Conteúdo
Cadastrado por
JC Online e Estadão Conteúdo
Publicado em 23/10/2018 às 3:08
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
A carta foi endereçada ao decano do Supremo, Ministro Celso de Mello, que classificou como “inconsequente e golpista” fala do filho do presidenciável sobre a Corte - FOTO: Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Leitura:

O candidato à Presidência da República pelo PSL, Jair Bolsonaro, enviou uma carta ao ministro decano do Supremo Tribunal Federal (STF), Celso de Mello. O objetivo seria tentar desfazer o mal-estar criado por seu filho e deputado federal, Eduardo Bolsonaro, que afirmou em um vídeo que, "para fechar o Supremo”, bastaria “um soldado em um cabo”. A fala, gravada em julho, foi classificada por Mello de “inconsequente e golpista”

Na carta, o presidenciável afirma que o Supremo “é o guardião da Constituição e todos temos de prestigiar a Corte”.

Confira a íntegra do documento:

"Já adverti o garoto"

Em entrevista ao SBT nessa segunda-feira (22), o candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, minimizou a fala de seu filho Eduardo Bolsonaro, deputado federal eleito pelo PSL de São Paulo, de que "basta um soldado e um cabo" para fechar o STF. "Eu já adverti o garoto", afirmou o presidenciável, . Ele também disse que "quem fala isso tem que buscar um psiquiatra". A declaração foi dada por Eduardo Bolsonaro num vídeo que veio à tona no fim de semana.

"É meu filho. A responsabilidade é dele. Ele já se desculpou. Isso aconteceu há quatro meses. Ele aceitou responder a uma pergunta sem pé nem cabeça, e resolveu levar para o lado desse absurdo aí. Temos todo o respeito e consideração com os demais poderes e o Judiciário obviamente é importante", declarou o presidenciável na entrevista. Eduardo Bolsonaro tem 34 anos e, graças ao sobrenome, foi eleito o deputado federal mais votado da história, com 1,8 milhão de votos.

Últimas notícias