Operação Olhos de Lince

PF faz operação para investigar ameaças a presidenciáveis

Nove pessoas que compartilharam fotos ou vídeos do momento em que votavam ou que fizeram ameaças contra candidatos tornaram-se alvo da operação

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Publicado em 24/10/2018 às 17:47
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Nove pessoas que compartilharam fotos ou vídeos do momento em que votavam ou que fizeram ameaças contra candidatos tornaram-se alvo da operação - FOTO: Foto: ABr
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Nove pessoas que compartilharam fotos ou vídeos do momento em que votavam durante o primeiro turno das eleições gerais, realizadas no último dia 7, ou que fizeram ameaças contra candidatos à Presidência da República tornaram-se alvo da Operação Olhos de Lince, deflagrada nesta quarta-feira (24), pela Polícia Federal (PF).

Identificados graças a técnicas que permitem a análise e a comparação de características corporais, tais como cicatrizes, manchas e proporções físicas, os suspeitos são investigados por violação do sigilo do voto e incitação à prática de crimes.

“Começaram a surgir, na internet, ameaças a candidatos ou a eleitores. Isso é crime e as pessoas não podem se iludir pensando que, por estarem por trás de um teclado e um monitor ou de um celular, vão sair incitando a prática de crimes e ficar impunes”, declarou o delegado federal Flávio Coca, chefe do Serviço de Operações Especiais da Polícia Federal, sem identificar os candidatos a quem as ameaças foram dirigidas.

O delegado disse que as pessoas se enganam ao achar que, na internet, elas estão anônimas. “Hoje, a PF foi cumprir mandados de busca e apreensão nas casas de algumas pessoas [investigadas]”, disse Coca, explicando que a corporação não revelaria os nomes dos suspeitos para preservar a integridade física dos mesmos.

Apreensões

Denúncias anônimas e o monitoramento de ambientes virtuais levaram os policiais federais a chegarem a alguns dos suspeitos de usar a internet para ameaçar candidatos presidenciais ou para divulgar fotos ou vídeos do instante em que votavam. Na residência dos investigados foram apreendidos principalmente aparelhos de telefone celular, nos quais os investigadores esperam encontrar provas dos delitos.

De acordo com o delegado federal, os suspeitos agiam individualmente. Até o momento, não foram identificados quaisquer vínculos entre eles, nem indícios de que tenham agido junto com outras pessoas. Ainda assim, o delegado não descarta a hipótese de ampliação das investigações a partir da análise do material apreendido.

Quatro mandados de busca e apreensão foram cumpridos e nove Termos Circunstanciados de Ocorrência registrados em nove cidades de seis estados: Minas Gerais; Pará; Pernambuco; Rio de Janeiro; Rio Grande do Sul e São Paulo. Os termos circunstanciados são registrados pelo delegado responsável pela ocorrência, em caso de crimes de menor potencial ofensivo, ou seja, infrações de menor relevância, cujos autores sejam intimados a prestar depoimento e liberados em seguida.

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