PRESIDENCIÁVEL

General diz que Bolsonaro não vai a debates por ameaça de atentado

De acordo com o general Heleno, houve uma ''ameaça de atentado terrorista'' contra o candidato articulada por uma ''organização criminosa''

Estadão Conteúdo
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Publicado em 25/10/2018 às 21:03
Foto: CARL DE SOUZA / AFP
De acordo com o general Heleno, houve uma ''ameaça de atentado terrorista'' contra o candidato articulada por uma ''organização criminosa'' - FOTO: Foto: CARL DE SOUZA / AFP
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O general da reserva do Exército Augusto Heleno reafirmou ao jornal O Estado de S. Paulo que o candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, decidiu não ir a debates previstos para o segundo turno das eleições 2018 por questão de segurança. De acordo com o general, houve uma "ameaça de atentado terrorista" contra o candidato articulada por uma "organização criminosa". Na quarta-feira (24), Augusto Heleno havia dado essa informação durante reunião em Brasília. O vídeo foi divulgado em redes sociais.

O Estado apurou que dados da inteligência do governo federal confirmam a existência das ameaças. Essas informações foram repassadas ao candidato há mais de uma semana, e a segurança de Bolsonaro foi reforçada por temor de um novo atentado.

O general afirmou que a ida a debates, com horário marcado, é uma ameaça à integridade do candidato. Segundo Augusto Heleno, a recomendação dada a Bolsonaro foi de que "toda vez que fosse sair de casa, teria de ter um vasculhamento" no entorno e que "jamais saísse de casa com hora marcada".

"O comparecimento ao debate, que muita gente está vinculando a um medo dele debater com o Haddad (Fernando Haddad, candidato do PT), não se trata disso. É que ele está realmente ameaçado, e não é com mero tiro de sniper. É um atentado terrorista onde tem uma organização criminosa, que eu não vou citar o nome por motivos óbvios, comprovado por mensagem, por escutas telefônicas Isso é absolutamente verídico. A saída dele, em qualquer horário, com hora marcada, é um risco", afirmou o general no vídeo, gravado na quarta-feira, quando ele almoçou na Confederação Nacional do Transporte (CNT).

Ao Estado, ele disse que a gravação foi sem sua autorização, mas confirmou a autenticidade. "Falei em pé, cinco minutos para esclarecer o reforço da segurança do Bolsonaro. O vídeo foi gravado ontem (quarta). Sem meu conhecimento na CNT", justificou "Os petistas disseram que era armação para que ele não fosse aos debates. Daí a divulgação das ameaças", comentou.

Esquema de segurança

Por causa dessa preocupação, caso Bolsonaro vença as eleições, terá um esquema de segurança no seu entorno, em formato diferente do que existe atualmente. Bolsonaro foi convidado para participar do debate nesta sexta-feira, na TV Globo, mas cancelou sua ida, alegando que ainda está convalescendo do atentado que sofreu em 6 de setembro, quando foi atingido por uma facada em ato de campanha em Juiz de Fora. Desde então, mesmo após ter alta do hospital, o candidato tem se apresentado apenas por meio de entrevistas e mídias sociais.

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