A Polícia Federal cumpriu um mandado de busca e apreensão em um endereço na cidade do Rio de Janeiro ligado ao coronel da reserva do Exército Carlos Alves. Em vídeo divulgado na internet, o militar chamou a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a ministra Rosa Weber, de "salafrária", "corrupta" e "incompetente". O mandado foi expedido pela 5.ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.
Segundo a PF, o objetivo da medida cautelar é "investigar ameaças e ofensas, divulgadas em vídeos na internet, a diversas instituições e autoridades da República". Ao cumprir a busca, a PF apreendeu dispositivos de armazenamento de dados, como computadores e aparelhos celulares.
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Em nota, a PF também informou que a Justiça determinou o monitoramento eletrônico de Alves - o uso de tornozeleira - e o proibiu de andar armado ou manter qualquer tipo de armamento em casa. A Justiça do Rio também decidiu pela obrigação do coronel da reserva em se manter a pelo menos 5 quilômetros de distância de todos os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), do TSE e do ministro Raul Jungmann, da Segurança Pública.
Vídeo
A Polícia Federal abriu inquérito, a pedido da Procuradoria-Geral da República, para investigar ao menos dois vídeos gravados pelo coronel da reserva em que ele ataca ministros do Supremo, entre eles Rosa Weber. A solicitação da PGR foi feita após a Segunda Turma do STF pedir uma apuração do caso.
Em um dos vídeos, Alves diz: "Olha aqui, Rosa Weber, não te atreve a ousar aceitar essa afronta contra o povo brasileiro, essa prova indecente do PT de querer tirar Bolsonaro do pleito eleitoral, acusando-o de desonestidade, de ser cúmplice numa campanha criminosa fraudulenta com o WhatsApp para promover notícias falsas".
O autor do vídeo ainda chamou o STF de tribunal de "canalhas" e "vagabundos", e afirmou não aceitar um resultado nesta eleição que não seja a vitória do candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL).
Alves, segundo a PF, poderá responder pelos crimes de difamação, injúria, constrangimento ilegal, ameaça, além de crimes previstos na Lei de Segurança Nacional.