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Possível aliança de Geraldo Alckmin e Eduardo Campos preocupa PSDB nacional

No estado governado pelo PSDB há quase 20 anos, o governador Geraldo Alckmin articula uma dobradinha com o PSB que pode incluir a realização de uma campanha casada

da Agência Estado
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da Agência Estado
Publicado em 17/10/2013 às 9:00
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ ABr
No estado governado pelo PSDB há quase 20 anos, o governador Geraldo Alckmin articula uma dobradinha com o PSB que pode incluir a realização de uma campanha casada - FOTO: Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ ABr
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Quando a reunião da bancada do PSDB no Congresso realizada nesta quarta-feira (16) em Brasília entrou na pauta sobre a montagem de palanques regionais duplos entre candidatos tucanos e o PSB do governador pernambucano Eduardo Campos, que deve disputar à Presidência em 2014, um deputado paulista famoso por suas frases de efeito saiu-se com essa: “Palanque duplo é coisa de corno”. 

Os presentes caíram na gargalhada, mas logo passaram a discutir a sério o tema. O caso de infidelidade política local que mais preocupa os aliados do também pré-candidato Aécio Neves é o de São Paulo. 

No Estado governado pelo PSDB há quase 20 anos, o governador Geraldo Alckmin articula uma dobradinha com o PSB que pode incluir a realização de uma campanha casada. Os tucanos paulistas lembram que, nas disputas presidenciais anteriores, as campanhas em Minas Gerais foram marcadas por alianças informais entre Aécio Neves e o PT. 

O movimento ficou conhecido como “Lulécio” em 2006 e “Dilmasia” em 2010, quando o tucano Antonio Anastasia elegeu-se governador e Dilma Rousseff presidente. 

O PSDB de São Paulo e o Palácio dos Bandeirantes evitam tratar desse tema abertamente para não melindrar o senador mineiro, mas não escondem que a prioridade total é incluir a legenda de Campos no arco de alianças do governador paulista. 

“O Aécio vai ter que engolir esse sapo”, diz um dirigente tucano. A avaliação é que Alckmin não pode correr o risco de o PSB lançar um candidato próprio que reforce a artilharia contra o governador na TV e nos debates. 

“As realidades regionais nem sempre são alinhadas com o quadro nacional. Como não há verticalização, não há obrigatoriedade de alinhamento”, reconhece o deputado Marcus Pestana, presidente do PSDB mineiro e aliado de Aécio. 

O alcance da “dobradinha”, que já começa a ser batizada de “Geduardo” (Geraldo + Eduardo), preocupa o comando nacional tucano. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os candidatos ao governo estadual podem aparecer nos materiais de campanha de mais de um candidato presidencial, já que não existe a regra da verticalização. 

Isso significa que Eduardo Campos pode surgir no meio da propaganda dos deputados da chapa tucana no espaço reservado ao PSB. E também em adesivos, banners e panfletos ao lado de Geraldo Alckmin. 

A tese de palanque duplo para atrair o partido do governador de Pernambuco não é consensual no PSDB. “Defendo que o partido lance uma chapa pura para o governo. Sou contra o palanque duplo”, afirma o ex-deputado Milton Flávio, presidente do PSDB paulistano. 

Ciente de que teria dificuldades para estruturar a campanha em São Paulo, Aécio já buscava abrir espaços alternativos ao Palácio dos Bandeirantes muito antes de Campos surgir como adversário direto, aproximando-se de políticos do PSDB no interior paulista. Se o mineiro for derrotado em 2014, Alckmin desponta, se reeleito, como nome natural ao Planalto em 2018.

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