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Em Suape, presidente Dilma enaltece indústria naval brasileira

A petista creditou à política de conteúdo local a recuperação do crescimento econômico nacional

Do JC Online
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Publicado em 14/05/2015 às 13:45
Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
A petista creditou à política de conteúdo local a recuperação do crescimento econômico nacional - FOTO: Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
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A presidente Dilma Rousseff (PT) inaugurou, no início da tarde desta quinta-feira (14), o navio petroleiro suezmax André Rebouças, logo após fazer um discurso onde exaltou a indústria naval brasileira nascida no governo do PT. Ela destacou o investimento que o governo fez em política de conteúdo local e creditou a essa política a recuperação do crescimento brasileiro. A cerimônia ocorreu no Estaleiro Atlântico Sul (EAS), no Porto de Suape, onde a embarcação foi construída.

A presidente chegou ao estaleiro com uma hora de atraso, mas foi recebida com aplausos pelos funcionários que lotavam a cerimônia. Segundo a organização do evento, cerca de 5 mil pessoas presenciavam o ato inaugural dos dois navios. No fim da solenidade, acompanhada do governador Paulo Câmara (PSB) e de membros da tripulação, Dilma tocou o sino que deu partida no navio petroleiro André Rebouças. Ele segue até Salvador, onde será abastecido e depois para a Bacia de Campos, no Rio de Janeiro.

O tema da crise na Petrobras por conta das investigações da Operação Lava Jato foi tangenciado uma vez apenas em sua fala. "Temos que acabar com todos malfeitos, todas as tentativas de uso inapropriado do patrimônio da Petrobras", disse. Ela admitiu que o País vivia uma crise macroeconômica, mas apontou a indústria de petróleo e gás como saída. "Passamos por dificuldades macroeconômicas sim, mas porque hoje é diferente? Porque nós temos esse estaleiro aqui, temos estaleiros no Espírito Santo, na Bahia, Rio Grande do Sul e vários locais", afirmou.

Em seu discurso, a presidente fez a defesa da indústria naval brasileira, fazendo o seu histórico desde a implantação, no início do governo Lula. "Diziam que a gente não era capaz, diziam que os nossos navios seriam piores. Na curva para aprender, tivemos alguns problemas sim. Que país não teve problemas? Hoje a Petrobras extrai petróleo em profundidades bastante elevadas a preços competitivos. Por isso, tem demanda para navio. Essa demanda tem que ser atendida por empresas nacionais", declarou a petista.

Quando era ministra de Minas e Energia do governo Lula, a presidente Dilma havia sido designada para implantar a indústria naval brasileira, por isso esteve presente no início das obras do Estaleiro Atlântico Sul. "Estamos diante de um estaleiro que foi construído num lugar onde tinha só areia. Eu vi esse estaleiro ser construído com a força dos trabalhadores pernambucanos. Isso é muito importante, tenho perfeita clareza que só superando obstáculos a gente consegue produzir no Brasil esses navios", afirmou.

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