O plenário da Câmara dos Deputados derrubou na noite desta quarta-feira (9) as restrições impostas pelo Senado à realização de pesquisas eleitorais. A votação ocorreu de forma simbólica, sem registro nominal dos votos.
Após a análise final desta parte da reforma política, o texto seguirá para sanção ou veto da presidente Dilma Rousseff.
Ao votar a sua proposta de reforma política, o Senado havia aprovado medida que proibia os veículos de comunicação de contratar instituto de pesquisa que tivesse prestado, nos 12 meses anteriores às eleições, serviços para partidos políticos, candidatos ou órgãos da administração pública.
Os defensores da alteração diziam que o objetivo era evitar a divulgação de pesquisas viciadas, principalmente no interior do país.
Institutos de pesquisa e órgãos representativos dos veículos de comunicação criticam a proposta, argumentando que ela retira do eleitor o direito à informação e atenta contra a liberdade de expressão e a democracia.
Não houve discussão sobre o tema no plenário da Câmara. A rejeição se deu no bojo da discussão pelos deputados das propostas de reforma política aprovadas pelo Senado. Em seu relatório, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) apenas sinalizou que recomendava a rejeição à proposta de "limitações à realização de pesquisas eleitorais".