O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, determinou hoje (27) a transferência do doleiro Lúcio Funaro da carceragem da Polícia Federal em Brasília para Penitenciária da Papuda, também no Distrito Federal. Funaro está preso desde o dia 1º deste mês, quando foi alvo da Operação Sépsis.
Leia Também
Lewandowski atendeu ao pedido de transferência feito pela defesa do doleiro. Os advogados disseram ao Supremo que foram informados pela Polícia Federal que o investigado seria transferido para uma sala da polícia localizada no Aeroporto de Brasília, devido a um problema no encanamento da cela atual. Ao decidir a questão, Lewandowski, que está no plantão de recesso do STF, entendeu que a medida atentaria contra os princípios da integridade física e de segurança do preso.
Prisão
De acordo com as investigações, Funaro atuava como operador financeiro do deputado federal afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) no recebimento de propina de empresas interessadas na liberação de verbas do Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS). O suposto esquema foi delatado pelo ex-vice-presidente de Fundos de Governo e Loterias da Caixa, Fábio Cleto, que também é investigado.
Após a prisão, o advogado de Funaro, Daniel Gerber, disse à Agência Brasil que o doleiro não tem participação nos fatos. “Lúcio Funaro é inocente das acusações que o delator lhe imputa e irá provar inocência no curso do processo. Assim que tivermos acesso aos autos, esperamos demonstrar este equívoco ao ministro e ao Supremo Tribunal Federal.”