O ex-ministro Antonio Palocci virou réu na Lava Jato após o juiz Sérgio Moro aceitar, nesta quinta-feira (3), a denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal contra o ex-ministro e outras 14 pessoas. Todos são denunciados por corrupção ativa e passiva, além de lavagem de dinheiro.
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Palocci foi preso no dia 26 de setembro pela 35º fase da Operação Lava Jato. Ele foi ministro da Casa Civil no governo Dilma Rousseff e ministro da Fazenda de Lula – ambos do Partido dos Trabalhadores (PT). Desde a prisão, Antonio Palocci está detido na carceragem da Polícia Federal (PF), em Curitiba.
O MPF pediu que a Justiça Federal bloqueie R$ 284.696.735,92 de todos os acusados, segundo o Portal G1. O valor é correspondente a 0,9% dos contratos firmados entre a Sete Brasil e a Petrobras e também à lavagem de dinheiro.
Além de Palocci, tornaram-se reús:
- Branislav Kontic - corrupção passiva e lavagem de dinheiro
- Marcelo Odebrecht - corrupção ativa e lavagem de dinheiro
- Fernando Migliaccio da Silva - lavagem de dinheiro
- Hilberto Mascarenhas Alves da Silva Filho - lavagem de dinheiro
- Luiz Eduardo da Rocha - lavagem de dinheiro
- Olivio Rodrigues Junior - lavagem de dinheiro
- Marcelo Rodrigues - lavagem de dinheiro
- Rogério Santos de Araújo - corrupção ativa
- Monica Moura - lavagem de dinheiro e corrupção passiva
- João Santana - lavagem de dinheiro e corrupção passiva
- João Vaccari Neto - corrupção passiva
- João Ferraz - corrupção passiva
- Eduardo Musa - corrupção passiva
- Renato Duque - corrupção passiva
Como ressarcimento total, os procuradores solicitaram ao juiz Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato na primeira instância, que seja determinado o pagamento total de R$ 505.172.933,10, caso eles sejam condenados.
Segundo o MPF, o valor corresponde ao dobro das propinas pagas aos agentes públicos envolvidos no caso.