LAVA JATO

Ex-tesoureiro do PT, Paulo Ferreira, admite uso de caixa 2

Paulo é acusado de ter recebido propinas nas obras do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento da Petrobrás (Cenpes), no Rio

Estadão Conteúdo
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Publicado em 15/12/2016 às 8:54
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Paulo é acusado de ter recebido propinas nas obras do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento da Petrobrás (Cenpes), no Rio - FOTO: Foto: Alexandra Martins/Câmara dos Deputados
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O ex-tesoureiro do PT Paulo Ferreira confessou na quarta-feira (14) o juiz federal Sérgio Moro que o PT - assim como os demais partidos políticos - trabalha com recursos não contabilizados. Réu da Operação Lava Jato e preso desde 23 de junho, Ferreira foi interrogado em Curitiba. Ele disse que "negar informalidades nos processos eleitorais brasileiros de todos os partidos é negar o óbvio".

Ferreira foi preso na Operação Abismo, 31ª fase da Lava Jato. Além do ex-tesoureiro, 13 investigados são réus. O petista é acusado de ter recebido propinas nas obras do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento da Petrobrás (Cenpes), no Rio.

Inquérito

Durante o interrogatório, o juiz perguntou ao ex-tesoureiro: "O Partido dos Trabalhadores comumente tem feito declarações públicas de que não trabalha com recursos não contabilizados. Salvo engano, na minha compreensão, o senhor está afirmando algo diferente, que havia esses pagamentos, inclusive aqui na sua própria campanha. O senhor saberia explicar essa contradição?"

Paulo Ferreira respondeu: "É um problema da cultura política nacional, doutor Moro. Eu não estou aqui para mentir para ninguém. Estou aqui para ajustar alguma dívida que eu tenha, minha disposição aqui é essa".

Em seguida, declarou: "Negar informalidades nos processos eleitorais brasileiros de todos os partidos é, na minha opinião, negar o óbvio". Moro, então, perguntou: "Inclusive no Partido dos Trabalhadores, na sua campanha?" "Exatamente", admitiu Ferreira.

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