O secretário nacional de Juventude Bruno Moreira Santos, ao comentar o massacre ocorrido entre os dias 1 e 2 de janeiro, no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), localizado em Manaus, declarou que "tinha era que matar mais". Na ocasião, 60 pessoas morreram durante uma disputa entre duas facções na penitenciária. A informação é da coluna "Panorama Político" do jornal O Globo.
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"Eu sou meio coxinha sobre isso. Sou filho de polícia, né? Tinha era que matar mais. Tinha que fazer uma chacina por semana", afirmou o secretário. Bruno Moreira Santos é filho do ex-deputado federal Cabo Júlio (PMDB), que hoje é deputado estadual em Minas Gerais. Em uma reportagem da Folha de São Paulo. Bruno declarou que sua opinião foi "deturpada". "Eu não disse a questão da chacina, óbvio que não", afirmou.
Comparação com a chacina ocorrida em Campinas
Ainda segundo a coluna do Globo, Bruno Moreira Santos comparou o massacre ocorrido em Manaus com a chacina que ocorreu durante uma festa de réveillon em Capinas, quando 12 pessoas foram assassinadas pelo ex-marido de uma das vítimas, que logo depois cometeu suicídio.
"Isso que me deixa triste. Olha a repercussão que esse negócio que o presídio teve e ninguém está se importando com as meninas que foram mortas em Campinas. Elas, que não têm nada a ver com nada, que se explodam. Os santinhos que estavam lá dentro, que estupraram e mataram: Coitadinhos, oh, meu Deus, não fizeram nada! Para, gente! Esse politicamente correto que está virando o Brasil está ficando muito chato. Obviamente que tem de investigar, tem que ver...", afirmou.
Bruno Moreira, que também é presidente licenciado da juventude do PMDB, afirmou que sua secretária pouco pode fazer para resolver o problema no sistema carcerário do Brasil. Ele disse que o governo deverá lançar, em março, um programa que implantará, em pontos com maior incidência de jovens mortos, centros de juventude que oferecerão uma melhor qualificação profissional aos jovens.