LAVA JATO

Com cabeça raspada, Eike é transferido para Bangu

Com a cabeça raspada, Eike foi transferido para o presídio levando apenas um travesseiro

JC Online
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Publicado em 30/01/2017 às 13:12
Foto: Reprodução / Globo News
Com a cabeça raspada, Eike foi transferido para o presídio levando apenas um travesseiro - FOTO: Foto: Reprodução / Globo News
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Com a cabeça raspada, Eike Batista deixou o presídio Ary Franco, na Zona Norte do Rio de Janeiro, e foi encaminhado para o Complexo Penitenciário de Gericinó, Bangu, no início da tarde desta segunda-feira (30). Ele foi colocado dentro de uma viatura da polícia, levando apenas um travesseiro na mão.

De acordo com as primeiras informações, Eike passou por uma triagem no Ary Franco onde foi definido que ele vai ficar na Cadeia Pública Bandeira Stampa, mais conhecido como Bangu 9. Como o empresário não tem curso de nível superior, ele não pode ser levado para o Bangu 8, o mesmo presídio em que está o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral.

A cadeia em que Eike foi levado tem domínio de facção criminosa e as celas são para até seis presos. As unidades prisionais são conhecidas como "faxina" porque os detentos costumam trabalhar lá dentro, segundo os agentes do Serviço de Operações Especiais da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), que fizeram o transporte do empresário.

O empresário passou quase duas horas no presídio de Ary Franco. Foi preso por agentes da Polícia Federal após desembarcar no Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio, na manhã desta segunda. Ele é suspeito dos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção ativa.


Eike é alvo da Operação Eficiência

Na última quinta-feira (26), a Polícia Federal tentou deter o empresário em sua casa, no Rio de Janeiro, mas ele não estava lá. Os advogados informaram que Eike havia viajado a trabalho para Nova York e que voltaria ao Brasil para se entregar. A PF o considerou foragido e pediu a inclusão de seu nome na lista de procurados da Interpol, a polícia internacional.

Eike, 60 anos, foi considerado o homem mais rico do Brasil, em 2012, o sétimo mais rico do mundo pela revista Forbes, com uma fortuna estimada em US$ 30 bilhões. 

O nome de Eike Batista é o principal alvo no âmbito da Operação Eficiência, um desdobramento da Operação Calicute, que foi a primeira fase da Lava Jato no Rio de Janeiro, sobre propinas pagas por grandes empreiteiras a partidos e políticos para obter contratos da Petrobras.

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