A 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro aceitou denúncia oferecida hoje (10) contra o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, sua mulher, Adriana Ancelmo, o empresário Eike Batista e mais seis pessoas. O Ministério Público Federal denunciou Cabral, Eike e Adriana por corrupção e lavagem de dinheiro.
Eles já estavam com prisão preventiva decretada por causa das investigações das operações Calicute e Eficiência, que apuram desvio de dinheiro público do estado do Rio de Janeiro.
Cabral e Adriana foram denunciados por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, assim como os ex-assessores de Cabral Wilson Carlos e Carlos Miranda.
Leia Também
- PF prende mais um acusado de integrar esquema liderado por Cabral
- Eike e outros acusados de ligação com Cabral depõem nesta quarta na PF
- Eike, Cabral e mais 10 são indiciados pela Polícia Federal
- Eike e Cabral são denunciados por corrupção e lavagem de dinheiro
- Denúncias preveem pena máxima de 44 anos para Eike e 50 anos para Cabral, diz MPF
- Eike pode pegar até 44 anos de prisão
- Eike 'comprou apoio' de Sérgio Cabral, diz Ministério Público Federal
O dono das empresas EBX, Eike Batista, e seu braço direito, o advogado Flávio Godinho, foram denunciados por corrupção ativa e lavagem de dinheiro.
Já os irmãos Renato e Marcelo Chebar, que trocaram delações detalhando o esquema de Cabral por redução de pena, além de Luiz Arthur Andrade Correia, vão responder à Justiça por evasão de divisas e por manter recursos não declarados no exterior.
Entre os denunciados hoje pelo Ministério Público, eles são os únicos que não estão presos.
Propinas
O Ministério Público Federal (MPF) afirma que o empresário Eike Batista "comprou apoio" do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) no interesse de sua holding EBX no Estado do Rio em negócios bilionários.
O pagamento foi concretizado em pelo menos duas oportunidades, apontam os procuradores da República que atuam na força-tarefa da Operação Eficiência - US$ 16,5 milhões em 2011 e R$ 1 milhão em janeiro de 2013, este último por meio de contrato fictício da empresa de Eike, a EBX, com o escritório de advocacia da mulher de Cabral, Adriana Ancelmo.
Nesta sexta-feira (10), a Procuradoria entregou à Justiça Federal no Rio denúncia criminal contra Eike, Cabral, Adriana e mais seis investigados na Operação Eficiência.
Eike e Cabral são formalmente acusados de corrupção e lavagem de dinheiro.