OPERAÇÃO EFICIÊNCIA

Justiça Federal aceita denúncia contra Cabral, Adriana Ancelmo e Eike Batista

Eles já estavam com prisão preventiva decretada por causa das investigações das operações Calicute e Eficiência, que apuram desvio de dinheiro público do estado do Rio de Janeiro

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Publicado em 10/02/2017 às 19:11
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Eles já estavam com prisão preventiva decretada por causa das investigações das operações Calicute e Eficiência, que apuram desvio de dinheiro público do estado do Rio de Janeiro - FOTO: Foto: Agência Brasil
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A 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro aceitou denúncia oferecida hoje (10) contra o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, sua mulher, Adriana Ancelmo, o empresário Eike Batista e mais seis pessoas. O Ministério Público Federal denunciou Cabral, Eike e Adriana por corrupção e lavagem de dinheiro.

Eles já estavam com prisão preventiva decretada por causa das investigações das operações Calicute e Eficiência, que apuram desvio de dinheiro público do estado do Rio de Janeiro.

Cabral e Adriana foram denunciados por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, assim como os ex-assessores de Cabral Wilson Carlos e Carlos Miranda.

O dono das empresas EBX, Eike Batista, e seu braço direito, o advogado Flávio Godinho, foram denunciados por corrupção ativa e lavagem de dinheiro.

Já os irmãos Renato e Marcelo Chebar, que trocaram delações detalhando o esquema de Cabral por redução de pena, além de Luiz Arthur Andrade Correia, vão responder à Justiça por evasão de divisas e por manter recursos não declarados no exterior.

Entre os denunciados hoje pelo Ministério Público, eles são os únicos que não estão presos.

Propinas

O Ministério Público Federal (MPF) afirma que o empresário Eike Batista "comprou apoio" do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) no interesse de sua holding EBX no Estado do Rio em negócios bilionários.

O pagamento foi concretizado em pelo menos duas oportunidades, apontam os procuradores da República que atuam na força-tarefa da Operação Eficiência - US$ 16,5 milhões em 2011 e R$ 1 milhão em janeiro de 2013, este último por meio de contrato fictício da empresa de Eike, a EBX, com o escritório de advocacia da mulher de Cabral, Adriana Ancelmo.

Nesta sexta-feira (10), a Procuradoria entregou à Justiça Federal no Rio denúncia criminal contra Eike, Cabral, Adriana e mais seis investigados na Operação Eficiência.

Eike e Cabral são formalmente acusados de corrupção e lavagem de dinheiro.

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