Deputados da oposição e representantes de movimentos sindicais fecharam nesta terça-feira (21) uma estratégia para tentar impedir a aprovação da Reforma da Previdência na Câmara.
Leia Também
- Promotores e juízes unidos contra a reforma da Previdência
- 'Não roubamos direitos', diz Temer sobre reforma da Previdência
- Reforma da Previdência só deve chegar ao Plenário do Senado em maio
- STF quer que Temer e deputados expliquem reforma da previdência
- Celso de Mello dá 10 dias para Temer e Câmara explicarem reforma da Previdência
- Reforma da Previdência enfrenta restrições dentro da base aliada
A ideia é atuar em duas frentes: uma nos municípios, para que os eleitores pressionem os deputados a se posicionar contra a reforma; e outra em Brasília, abordando parlamentares da base que se mostram indecisos sobre a questão.
O primeiro foco serão os 38 deputados que fazem parte da comissão especial que discute a Proposta de Emenda à Constituição. A oposição calcula que tem 11 votos contra a proposta no colegiado. "Precisamos de mais nove para ter maioria Vamos atuar no varejo, indo de gabinete em gabinete", disse o deputado Sílvio Costa (PTdoB-PE).
Para o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), o governo vai ter dificuldade para aprovar a reforma, porque mesmo na base aliada há muito parlamentar que mostra resistência em apoiar a medida. "Vamos conversar com o eleitor de cada deputado. Eles vão sentir a pressão", disse.
Protestos
Para mobilizar a população, o plano será fazer protestos em cidades de todo o País, não apenas em Brasília. Uma das ideias é realizar audiências públicas nas câmaras municipais, para levar o debate também aos "rincões" nacionais.
"A partir de março, o Brasil vai pegar fogo", afirmar o líder do PT na Câmara, Carlos Zarattini (SP).
Além de deputados da oposição, participaram do encontro representantes da CUT, Contag, CTB e Nova Central Sindical.