A reforma da Previdência será votada entre o final de abril e início de maio, reiterou nesta segunda-feira (20) o presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Para ele, o "Brasil ficará sem futuro", caso a reforma não seja implementada.
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O modelo de reforma proposto pelo governo tem enfrentado resistência no Congresso, inclusive na própria base do governo. Na sexta-feira, 17, após o encerramento do novo prazo para a apresentação de emendas à Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 287, praticamente três quartos das 164 sugestões de mudanças de artigos na reforma são de autoria de parlamentares do bloco governista - 120, contra 44 da oposição.
Oposição também tem resistido à proposta
A oposição também tem resistido à proposta. No domingo, o PDT decidiu fechar questão contra as reformas da Previdência e Trabalhista propostas pelo governo Michel Temer. A decisão foi tomada durante convenção nacional do partido.
"Temos apoio e vamos ganhar", disse o presidente da Câmara, antes de participar de encontro com o Conselho Diretivo do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV) em São Paulo. "Vamos aprovar a reforma e garantir o futuro dos brasileiros. Não votar a reforma da Previdência é prejudicar os mais pobres, é prejudicar o trabalhador, já que vai aumentar o desemprego. É prejudicar as famílias que estão endividadas, porque vai aumentar a taxa de juros e é prejudicar as futuras gerações, porque o Brasil vai ficar sem futuro."
Perguntado sobre a possibilidade de instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar irregularidades relacionadas à Operação Carne Fraca, Rodrigo Maia afirmou que "não está sabendo".