A ex-primeira dama do Rio Adriana Ancelmo deixou na tarde desta quarta-feira (29) o Complexo Penitenciário de Gericino (Bangu), na zona oeste do Rio, para cumprir prisão domiciliar. A mulher do ex-governador do Rio Sérgio Cabral será levada para seu apartamento no Leblon, zona sul. Ela estava presa preventivamente desde dezembro.
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Adriana não poderá deixar o apartamento, de 400 metros quadrados, a não ser por emergência médica, e todos os meios de comunicação da residência foram retirados, incluindo rede de telefonia, de internet e até mesmo o interfone. Os visitantes deverão deixar os aparelhos celulares na portaria do prédio.
O juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, emitiu mais cedo o alvará de soltura de Adriana. Bretas concedeu a mudança no regime prisional em 17 de março, mas a decisão foi suspensa pelo desembargador Abel Gomes, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região. Posteriormente, a defesa de Adriana conseguiu a manutenção da decisão de Bretas no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
O magistrado encaminhou também hoje um comunicado ao desembargador Abel Gomes, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região. "Reitero os termos da decisão (de 17 de março) esperando que a mesma, caso mantida, possa servir de exemplo a ser aplicado a muitas outras acusadas grávidas ou mãe de crianças que delas dependem e que respondem, encarceradas, a ações penais em todo território nacional", disse no documento.
Recebida com protestos
A ex-primeira dama do estado do Rio de Janeiro foi recebida com protestos ao chegar em seu condomínio, onde irá cumprir sua prisão domiciliar. A viatura da Polícia Federal que transportou Adriana Ancelmo chegou pontualmente às 20h no número 27 da Rua Aristides Espínola, quando foi cercada por jornalistas e cerca de 50 pessoas que protestavam desde cedo em frente ao prédio da ex-primeira-dama do Rio de Janeiro.
Com gritos de “ladra” e “volta pra Bangu”, os manifestantes chegaram a bater na viatura da PF e até uma garrafa de plástico foi arremessada contra o veículo. Após a entrada dela no prédio, os manifestantes continuaram protestando, batendo panelas e gritando xingamentos.
Uma vizinha da ex-primeira-dama disse que os demais moradores do prédio estão incomodados com a prisão domiciliar no edifício. “Estamos odiando. É horrível. Não devia ter voltado, depois de tudo o que ela fez”, desabafou a vizinha, que não quis se identificar.