O Ministro das Cidades, Bruno Araújo (PSDB), em entrevista a Rádio Jornal nesta sexta (7), afirmou que o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB) é um nome forte para ser o candidato do PSDB para a presidência da República em 2018.
Leia Também
"Doria tem inovado na administração, tem aparecido para a sociedade com outro perfil como político. Uma pessoa do ponto de vista econômico-financeiro que busca recursos privados, levando para ações dentro da prefeitura. Tem tido um nível de seguidores pelas redes sociais como nenhum outro pelo Brasil a fora. Nós temos um jogo completamente aberto para 2018 e devemos lembrar que o nome do prefeito Doria é sim um protagonista para 2018", disse o ministro.
As declarações de Bruno Araújo vão de encontro com o discurso do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso de que João Doria precisaria esperar um pouco para querer ser o candidato do partido, já que haveriam candidatos com mais repertório, a frente de Doria na "fila". Fernando Henrique afirmou que o governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) é tucano melhor posicionado para se candidatar a Presidência da República. "Claramente, a própria eleição do Doria dá clareza que política não tem fila. Política é o momento. Não estamos aqui dizendo que é Doria, que será o governador Geraldo Alckmin. Não existe fila para fatos sociais, os fatos sociais se impõem como as circunstâncias colocam. Se a gente usasse fila, o André Matarazzo era o candidato do PSDB a prefeito de São Paulo. Ele teve que sair do PSDB, foi para outro partido, vice de Marta Suplicy (PSD), perdeu a eleição e foi derrotado por quem não estava na fila, que é o Doria", explicou.
Segundo o ministro, no seu partido sempre surgem outras alternativas. "O PSDB, em algum momento tinha o governador Alckmin, o governador José Serra, depois veio o fortalecimento em determinado momento do senador Aécio Neves, do PSDB de Minas. Foram surgindo, correndo por fora, pessoas como o governador Marconi Perillo (Goiás), o governador Beto Richa (Paraná), Hoje de forma muito latente tem um tamanho o prefeito de São Paulo".
LULA
Diante do favoritismo do ex-presidente Lula no Nordeste, o ministro afirma que o candidato do PSDB deve ter a habilidade de se comunicar de forma universal, para atingir o eleitorado de todo o país. "O ex-presidente lula tem sentidos prestados. É pernambucano, na sua presidência dedicou parte do tempo para Pernambuco e é importante compreender o porque do tamanho disso. A gente tem um país imenso, com culturas diferentes, formas de se comunicar diferentes. Para ser presidente da República tem que ganhar, tem que ocupar os espaços, tem que ter a devida competência de se comunicar com a população e mostrar que tem condições de ser merecedor do voto", diz o ministro.