Lava Jato

Nova fase da Operação Calicute prende ex-secretário de Sérgio Cabral

Denominada "Fatura Exposta", a operação prendeu Sérgio Cortês, ex-secretário de saúde de Sérgio Cabral e empresários do ramo hospitalar, acusados de desviar mais de R$ 300 milhões

JC Online
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Publicado em 11/04/2017 às 7:11
Rogerio Santana/Governo do Rio de Janeiro
Denominada "Fatura Exposta", a operação prendeu Sérgio Cortês, ex-secretário de saúde de Sérgio Cabral e empresários do ramo hospitalar, acusados de desviar mais de R$ 300 milhões - FOTO: Rogerio Santana/Governo do Rio de Janeiro
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A força-tarefa do Ministério Público Federal e agentes da Polícia Federal realizam na manhã desta terça (11) um desdobramento da Operação Calicute, dessa vez na área da saúde do Rio de Janeiro. Os alvos são o ex-secretário de saúde Sérgio Côrtes e os empresários do ramo de saúde Miguel Iskin e Gustavo Estellita. Cortês foi preso pela PF em seu apartamento e os empresários ambém foram detidos e encaminhados para a Superintendência da Polícia Federal.

Denominada "Fatura Exposta, a operação desta terça (11) revela como funcionava um dos maiores golpes na rede pública, um cartel de distribuidoras e fornecedoras de serviço que teriam fraudado várias licitações durante a gestão de Sérgio Cortês como secretário de saúde (2007-2013) no governo de Sérgio Cabral. No total, além das três prisões, serão cinco conduções coercitivas e pedidos para ouvir representantes de grandes fabricantes de equipamentos hospitalares.

Delação premiada denunciou esquema

O Ministério Público chegou até Côrtes após Cesar Romero Viana, ex-secretário executivo da pasta, revelar em delação premiada o pagamento de propina nas compras de equipamentos importados. O esquema pode ter custado pelo menos R$ 300 milhões anuais aos cofres do governo estadual. Parte do dinheiro desviado era entregue a Carlos Miranda, apontado como coletor de propinas de Sérgio Cabral, e a outra parte seria dividida entre Cortês e Cesar Romero.

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