A força-tarefa do Ministério Público Federal e agentes da Polícia Federal realizam na manhã desta terça (11) um desdobramento da Operação Calicute, dessa vez na área da saúde do Rio de Janeiro. Os alvos são o ex-secretário de saúde Sérgio Côrtes e os empresários do ramo de saúde Miguel Iskin e Gustavo Estellita. Cortês foi preso pela PF em seu apartamento e os empresários ambém foram detidos e encaminhados para a Superintendência da Polícia Federal.
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Denominada "Fatura Exposta, a operação desta terça (11) revela como funcionava um dos maiores golpes na rede pública, um cartel de distribuidoras e fornecedoras de serviço que teriam fraudado várias licitações durante a gestão de Sérgio Cortês como secretário de saúde (2007-2013) no governo de Sérgio Cabral. No total, além das três prisões, serão cinco conduções coercitivas e pedidos para ouvir representantes de grandes fabricantes de equipamentos hospitalares.
Delação premiada denunciou esquema
O Ministério Público chegou até Côrtes após Cesar Romero Viana, ex-secretário executivo da pasta, revelar em delação premiada o pagamento de propina nas compras de equipamentos importados. O esquema pode ter custado pelo menos R$ 300 milhões anuais aos cofres do governo estadual. Parte do dinheiro desviado era entregue a Carlos Miranda, apontado como coletor de propinas de Sérgio Cabral, e a outra parte seria dividida entre Cortês e Cesar Romero.