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Lula quer vir a Pernambuco defender legado do PT

Ex-presidente é o principal nome do partido para concorrer à presidência em 2018

Mariana Araújo
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Publicado em 12/04/2017 às 6:17
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Ex-presidente é o principal nome do partido para concorrer à presidência em 2018 - FOTO: Foto: Divulgação
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Embora não tenha confirmado a pré-candidatura à presidência, novamente, em 2018, o ex-presidente Lula (PT) virá em Pernambuco nos próximos meses. A data e a agenda ainda não foi definida, mas deve ocorrer no Recife e em alguma cidade do interior, provavelmente Sertânia, por onde passa a transposição do Rio São Francisco. Em março deste ano, o ex-presidente esteve na obra, em Monteiro, na Paraíba. Lula vem cumprindo uma maratona de entrevistas à rádios do Nordeste, onde é bem-avaliado. Na semana passada, concedeu uma entrevista à Rádio Jornal.

“Fazia tempo que não o via tão animado com o cenário político nacional. Ainda estamos sem previsão de ele vir para cá, vamos pensar nas possibilidades”, afirmou o ex-prefeito do Recife, João Paulo, que participou de um encontro com Lula nessa segunda (10), em São Paulo. Ele, o ex-presidente e o presidente do PT-PE, Bruno Ribeiro, conversaram por cerca de duas horas e almoçaram juntos no Instituto Lula.

O cenário nacional foi o principal assunto da conversa, afirmaram os petistas pernambucanos. Segundo eles, Lula pediu que fosse esperado um pouco mais para definir as alianças locais. O principal aliado da eleição de 2014, o senador Armando Monteiro Neto (PTB) te dado sinais de aproximação com o DEM e PSDB no Estado. “O fato de conversar são significa dizer que seja motivo de dizer que já está fechado”, disse João Paulo sobre a situação de Armando. Petistas são unânimes ao afirmar que, caso Armando opte pela aliança com DEM e PSDB, o PT irá de afastar da aliança política com o senador, por incompatibilidade ideológica com as legendas.

João Paulo declarou que colocou seu nome à disposição da legenda para o pleito de 2018, podendo disputar desde o cargo de governador ou até mesmo não se candidatar a qualquer cargo eletivo, ficando na coordenação de campanhas. “Coloquei para ele que posso disputar qualquer posição que o partido ache importante, mas posso disputar nada e ajudar na coordenação da campanha, principalmente se ele for candidato a presidente”, disse. O mais provável é que João Paulo concorra a uma vaga na Câmara dos Deputados.

“Quando nós perguntamos como ele estava vendo esse processo de alianças, a resposta dele foi que é muito cedo e que o quadro pode mudar muito. ‘Vamos deixar isso para mais tarde’”, disse Bruno Ribeiro. “Qualquer aliança que o PT faça em Pernambuco em 2018 está conectado com o quadro nacional”, acrescentou.

O partido pretende lançar candidato ao governo do Estado, mas o debate interno sobre o nome está indefinido. Humberto Costa já declarou que pretende concorrer à reeleição no Senado. E o partido tem como meta retomar assentos na Câmara Federal. Com isso, se reduz os nomes possíveis para a disputa majoritária.

Segundo os petistas pernambucanos, o ex-presidente pediu que o partido esteja perto das lutas sociais este ano, combatendo as reformas que devem ser promovidas pelo governo de Michel Temer, como as reformas da Previdência e Trabalhista. O legado do partido e as lutas sociais foram tema do programa partidário do PT exibido em rede nacional na noite desta terça-feira (11).

NACIONAL

Outro assunto sobre o qual o ex-presidente está debruçado é a eleição nacional para a presidência do PT. A disputa está, por enquanto, entre os senadores Gleisi Hoffmann (PR) e Lindbergh Farias (RJ). Lula tem mantido conversas com os dois parlamentares. O objetivo do partido é que o nome do novo presidente seja escolhido por unanimidade. Desta vez, a escolha do dirigente não será por meio de voto direto dos filiados, mas através de um congresso.

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