No vídeo do depoimento relativo ao termo de colaboração 52 do Ministério Público Federal, o ex-presidente de Infraestrutura da Odebrecht, Benedito Barbosa da Silva Jr, o BJ, confirma aos promotores como funcionava a hierarquia de liberação de verbas para o caixa 2 de campanhas eleitorais.
Ele confirma que teve ciência das doações irregulares que o seu executivo para o NE, João Pacífico, autorizou a sete políticos pernambucanos. BJ confirma nomes, seus respectivos apelidos na empresa, quanto cada um deles recebeu e em qual ano a doação eleitoral foi realizada. Confira no vídeo.
Barbosa confirma que todos os diretores que estavam abaixo dele dentro da empresa enviavam as demandas de dinheiro para irrigar as campanhas dos candidatos, "doações em nome da Odebrecht".
"Dentro do processo de sistemática de doações eleiotrais no caixa dois, foi trazido ao meu conhecimento uma lista", diz o executivo, para confirmar que conhecia todos os políticos que iriam receber as "doações irregulares". "Todos os agentes públicos mencionados, tive ciência do conjunto e integrado dentro do sistema nosso para a campanha, permiti o pagamento", disse, salientando que todos os executivos abaixo dele na hieraquia, cuja a cabeça era Marcelo Odebrecht, "tinham delegação de decidir quem iria ser beneficiado".
DROUSYS
"O sistema Drousys que a Odebrecht usava para pagar recursos ilícitos", diz. "Todos os agente públicos eu tenho ciência de que constavam na lista dos meus executivos, para fazer doações irregulares. Ele (executivo) tinha que mostrar resultados de forma que o acionista (o dono da Odebrecht) não aplicasse mais dinheiro do que o era necessário."