Deputados da oposição protocolaram nesta quarta-feira (19) na Comissão de Ética Pública da Presidência da República uma representação pedindo o afastamento dos oito ministros que serão investigados por terem sido citados nas delações premiadas de ex-executivos da Odebrecht por envolvimento em repasses ilegais de dinheiro.
No documento, os deputados pedem que os ministros sejam afastados por atos de improbidade administrativa, prática de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, crime contra a ordem econômica e fraude em licitações. Os deputados argumentam que a conduta dos ministros “é incompatível com a ética e probidade públicas” e pedem que comissão adote as providências legais.
Leia Também
- TSE nega pedido de Dilma para acessar delação de casal de marqueteiros
- Delação da Odebrecht levará anos para ser julgada no STF
- Agência de câmbio citada em delação está de portas fechadas
- Temer chama delação de executivo da Odebrecht de mentirosa
- Delação cita pedidos de Lula para filho e irmão
- MPF-PE e JFPE ainda não têm força-tarefa para analisar petições da Odebrecht
Investigados
O ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), ordenou a abertura de inquéritos contra os oito ministros: Aloysio Nunes (Relações Exteriores), Bruno Araújo (Cidades), Eliseu Padilha (Casa Civil), Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência da República), Gilberto Kassab (Ciência e Tecnologia), Helder Barbalho (Integração Nacional), Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e Marcos Antônio Pereira (Indústria, Comércio Exterior e Serviços). Os ministros negam as acusações.
