O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, disse nesta terça-feira (25) que o déficit da Previdência no Brasil não é de "mentirinha", ao contrário do que pregam entidades como a Associação Nacional de Auditores Fiscais da Receita Federal (Anfip). "O déficit da Previdência não é de mentirinha nem inventado. Você pode fazer a conta do jeito que quiser fazer, mas a maneira certa é contar o que entra e diminuir o que sai", afirmou Oliveira.
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O ministro participa nesta tarde de um evento sobre reforma da Previdência na sede do jornal Correio Braziliense. O debate é patrocinado pelo Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco Nacional), que acusa o governo de mentir sobre a necessidade da reforma. Para eles, não há déficit da Previdência porque o governo não contabiliza receitas que seriam parte da conta. A equipe econômica nega que isso seja verdade, uma vez que a Previdência Social é diferente da Seguridade Social, que inclui também Saúde e Assistência Social.
Oliveira rebateu os argumentos e disse que o déficit tem crescido de forma acelerada por conta do envelhecimento da população, dos ganhos salariais das últimas décadas e da formalização do mercado de trabalho - o que elevou o número de trabalhadores protegidos pela Previdência Social. "O déficit está aumentando de maneira muito rápida. Ele passou de R$ 50 bilhões em 2010 para R$ 150 bilhões", disse.
Prioridade
Diante desse quadro, o governo avaliou a reforma da Previdência como tema prioritário, justamente por conta da urgência em encontrar uma trajetória mais sustentável dos gastos com a área. "Temos de resolver primeiro o problema mais urgente. A Previdência já é 50% das despesas primárias, por isso veio primeiro. É o maior problema das contas públicas", disse. "O custo de manutenção desse sistema também aumentou, e ele aumentou mais do que as receitas desse sistema.