Comportamento

Estudo mostra o impacto das redes sociais sobre a greve geral

Análise realizado pela agência Bites afirma que a movimentação nas redes sociais ajuda a construir a percepção do internauta sobre o movimento de greve geral desta sexta-feira (26)

JC Online
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Publicado em 26/04/2017 às 22:53
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Análise realizado pela agência Bites afirma que a movimentação nas redes sociais ajuda a construir a percepção do internauta sobre o movimento de greve geral desta sexta-feira (26) - FOTO: Diego Nigro/ JC Imagem
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A greve geral programada para esta sexta-feira (28) em diversas cidades do Brasil tem gerado bastante movimentação nas redes sociais. Sejam daqueles que aprovam a realização da paralisação ou daqueles que são contrários ao movimento, as postagens sobre o assunto na internet ajudam a construir uma percepção de que será uma greve de grandes proporções no país.

Até o momento, somando os grupos que estão na organização do movimento e os grupos de oposição, foram publicados 53.179 tweets até esta quarta-feira (26), dois dias antes da greve geral. Além disso, os 298 artigos sobre o assunto dos principais sites de notícias do país conquistaram, juntos, 991.159 interações no Facebook e no Linkedin.

Os números foram obtidos graças a um estudo realizado pela Bites, uma agência de análises digitais criada pelo pernambucano Manoel Fernandes. "Diante do universo de informação produzida diariamente nas redes sociais no Brasil, esses números são de médio impacto, mas revelam a existência de uma propagação digital constante e consistente em torno da agenda do dia 28", afirma o texto.

Ainda de acordo com esse estudo, a participação de grupos que não estão dentro da fronteira tradicional de oposição ao governo está ajudando a impactar outros setores da opinião pública sobre o movimento. O texto cita os conteúdos produzidos por integrantes da igreja católica, como o arcebispo de Olinda e Recife dom Fernando Saburido, como um desses exemplos.

O estudo também aponta que as notícias que mais chamaram a atenção nas redes sociais são as relacionadas à paralisação dos serviços de transporte nas grandes cidades. "A paralisação desses serviços em várias capitais vai
impedir deslocamento de pessoas de casa para o trabalho", diz o texto, classificando que o não funcionamento desses serviços pode ser um trunfo para os grevistas.

No entanto, a análise também traz um contraponto para essa situação. "Diante dessa situação do transporte coletivo, as centrais sindicais e os movimentos sociais irão ter dificuldades para organizar grandes manifestações, e também porque o apoio ao movimento não ocorre apenas em torno das causas defendidas por essas entidades", completa o estudo.

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