O juiz federal Sérgio Moro mandou soltar João Cláudio Genu, ex-assessor do PP condenado na Operação Lava Jato. A medida foi tomada nesta quarta-feira (26) após determinação do Supremo Tribunal Federal (STF). Por 3 votos a 2, nessa terça-feira (25) a Corte ordenou a revogação da prisão preventiva de Genu.
Na mesma sessão, o Supremo mandou soltar o pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, também condenado na Lava Jato.
Ao expedir alvará de soltura de Genu, o juiz Sérgio Moro impôs ao ex-assessor duas medidas cautelares: proibição de deixar o país e proibição de mudança de endereço sem autorização do Juízo.
Leia Também
- Moro condena João Cláudio Genu a 8 anos e 8 meses por corrupção
- Temer diz que seria ingênuo negar preocupação com delação da Odebrecht
- Teori mantém Genu na prisão da Lava Jato
- PF indicia Genu, 'um dos mentores' do esquema na Petrobras
- Nova fase da Lava Jato prende Genu, ex-assessor do PP
- Chevrolet lança site para venda de peças genuínas
Prisão
Apontado como braço direito do ex-deputado José Janene (PP/PR, morto em 2010) - a quem a Lava Jato atribuiu o papel de criador do esquema de corrupção e cartel instalado na Petrobras entre 2004 e 2014 - Genu estava preso desde maio de 2016 por ordem do juiz federal Sérgio Moro.
Em dezembro, Moro condenou Genu a oito anos e oito meses de prisão por corrupção e associação criminosa. O juiz absolveu Genu do crime de lavagem de dinheiro.
Na sentença, Moro apontou que o ex-assessor teria recebido R$ 3 milhões em propina do esquema de corrupção instalado na Petrobras, mesmo enquanto era julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no mensalão. Moro considerou o fato perturbador.
Agora, Genu poderá recorrer em liberdade da condenação imposta a ele por Moro.