Senadores, em grande maioria da oposição, e representantes sindicais estiveram reunidos na tarde desta quarta-feira (3) com o líder do PMDB na Casa, Renan Calheiros para pedir a 'desaceleração' na tramitação da reforma trabalhista no Senado Federal. "Não podemos permitir que esse 'desmonte' se faça no calendário que essa gente quer", disse Renan ao se referir às propostas de Michel Temer, companheiro de partido.
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O senador alagoano deixou a presidência do Senado no início deste ano e, mesmo sem romper oficialmente com o governo, tem adotado tom crítico contra as reformas propostas pelo presidente Michel Temer (PMDB). "Quero parabenizar vocês pelo que foi feito na última sexta-feira. Não podemos deixar de discutir as mudanças, as reformas. Temos que discuti-las. Não há como fazermos isso sem ouvirmos os trabalhadores", afirmou Calheiros referindo-se à greve geral do dia 28. Ato que foi desconsiderado por Temer, que garantiu seguir com as propostas.
Além dos senadores Lindenbergh Farias (PT-RJ), Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), estiveram presentes o deputado Paulinho da Força (SD-SP), o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Roberto Requião (PMDB-PR) e representantes sindicais.
De acordo com Paulinho da Força, a reunião foi realizada no gabinete da liderança do PMDB, no Senado, e teve como intenção garantir o apoio da base governista. "Viemos buscar apoio para que as reformas não sejam aprovadas no Senado, principalmente, o projeto da reforma trabalhista, que já tramita na Casa", disse o parlamentar.
Tramitação
O encontro ocorre um dia após o Senado receber o Projeto de Lei da Reforma Trabalhista, que tramitará na Casa em duas comissões, antes de ir ao plenário. O processo já acelera o andamento do PL para votação, que está prevista, segundo o vice-presidente do Senado Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), para ser votado até junho.