Lula foi ao encontro de militantes em Praça Santos Andrade, na noite desta quarta (10), no Centro de Curitiba, no Paraná, onde foi montado um palco em que se revezaram no microfone políticos e representantes de entidades sociais aliados. "Não quero ser julgado por interpretações, quero ser julgado por provas", declarou o ex-presidente, após afirmar que não foram apresentadas provas contra ele.
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Lula foi a Curitiba para ser interrogado pelo juiz Sergio Moro pela primeira vez como réu na Lava Jato, no âmbito da ação em que é acusado de receber propina da empreiteira OAS, no caso do triplex e de um depósito para guardar bens do político. O depoimento do ex-presidente demorou cerca de 5 horas, após tentativas frustradas da defesa na Justiça de adiar o interrogatório.
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A partir de agora, o Ministério Público Federal (MPF) e as defesas poderão pedir as últimas diligências. Caso isso não ocorra, o juiz determinará os prazos para que as partes apresentem as alegações finais. "Prestarei quantos depoimentos forem necessários", disse Lula, no ato político.
Depois, os autos voltam para Moro, que definirá a sentença. Não há prazo para que a sentença seja publicada. "Tô vivo e me preparando pra ser candidato a presidente desse País", afirmou o petista. "O metalúrgico de quarto ano primário vai provar que é possível consertar esse País".
ATO CONTRA LULA
Além dos manifestantes pró-Lula, também foi organizado um ato contra o ex-presidente. Para não haver confronto, a polícia separou os dois grupos.
Os críticos do petistas ficaram perto do Museu Oscar Niemeyer, no Centro Cívico, até perto das 19h. Cerca de 3 mil homens da segurança do Estado participaram do esquema nesta quarta-feira.