Lavagem de dinheiro

Operação combate lavagem de dinheiro e irregularidades em contratos

Deflagrada pela PF, CGU e Receita federal, Operação Lama Asfáltica investiga organização que causou um prejuízo de quase R$ 150 milhões à União

JC Online
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Publicado em 11/05/2017 às 8:35
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Deflagrada pela PF, CGU e Receita federal, Operação Lama Asfáltica investiga organização que causou um prejuízo de quase R$ 150 milhões à União - FOTO: Foto: Agência Brasil
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A Polícia Federal, a Controladoria Geral da União e a Receita Federal deflagram nesta quinta-feira (11) a quarta fase da Operação Lama Asfáltica - Máquinas de Lama. A investigação tem como objetivo desbaratar uma organização criminosa que desviou recursos da União por meio do direcionamento de licitações, superfaturamento de obras públicas, aquisição fictícia ou ilícita de produtos e corrupção de agentes públicos. Os recursos desviados passaram por processos de ocultação da origem, configurando lavagem de dinheiro.

Estão sendo cumpridos três mandados de prisão Preventiva, nove de condução coercitiva, 32 de busca e apreensão, além do sequestro de valores nas contas bancárias de pessoas físicas e empresas investigadas. As medidas estão sendo cumpridas em Campo Grande (MS), Nioaque (MS), Porto Murtinho (MS), Três Lagoas (MS), São Paulo (SP) e Curitiba (PR), com a participação de aproximadamente 270 Policiais Federais, servidores da CGU da Receita Federal.

Esta nova fase da investigação decorre da análise dos materiais apreendidos em fases anteriores, comparados com fiscalizações, exames periciais e diligências investigativas. Foram adquiridas provas de desvios e superfaturamentos em obras públicas, com o direcionamento de licitações e o uso de documentos falsos para justificar a continuidade e a adição de contratos, com a conivência de servidores públicos.

Os valores repassados como propina eram justificados, principalmente, com o aluguel de máquinas. As investigações demonstraram que estas negociações eram, em sua maioria, fictícias, com o único propósito de aparentar uma origem lícita aos recursos financeiros. 

Detectaram-se também novas motivações para o pagamento de propinas aos servidores públicos e a consequente tentativa de lavagem de dinheiro, dentre os quais a obtenção de benefícios e isenções fiscais. Segundo a Polícia Federal, o prejuízo causado pela organização criminosa aos cofres públicos, levando-se em consideração os sobrepreços e desvios em obras públicas e as propinas pagas a integrantes da grupo, chega a quase R$ 150 milhões.

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