O prefeito do Recife, Geraldo Júlio (PSB), repudiou, nesta sexta-feira (19), as declarações realizadas pelo diretor de Relações Institucionais e Governo da J&F (holding controladora do grupo JBS), Ricardo Saud, de que ele teria negociado o pagamento de propina do grupo JBS para campanha eleitoral de Paulo Câmara ao governo estadual em 2014. Por meio de nota, o prefeito afirmou que "todas as doações recebidas pelo partido foram legais" e que não seriam resultado de uma "troca de favores".
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Leia a íntegra da nota de Geraldo Júlio:
NOTA DO PREFEITO GERALDO JULIO
Diante da menção ao seu nome por um dos delatores da JBS, divulgada hoje pela imprensa, o prefeito Geraldo Julio repudia veementemente as acusações e esclarece que nunca tratou de recursos ilegais com essa empresa ou com qualquer outra. O próprio documento divulgado pela justiça registra que as doações feitas à campanha nacional do PSB não foram por troca de favores. Todas as doações recebidas pelo partido foram legais.
Paulo Câmara
Além de Geraldo Júlio, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), também divulgou uma nota onde repudia a declaração feita por Saud. "Nunca solicitei e nem recebi recursos de qualquer empresa em troca de favores", afirma o governador no texto, em que afirma não ter recebido nenhuma delação da empresa. O governador refutou também o uso do termo ''propina'' feito pelo diretor da J&M.
Confira a íntegra da nota divulgada pelo governador:
"Venho repudiar, veementemente, a exploração política do depoimento do delator Ricardo Saud, que, já antecipo, não corresponde à verdade. Não recebi doação da JBS de nenhuma forma. Nunca solicitei e nem recebi recursos de qualquer empresa em troca de favores. Tenho uma vida dedicada ao serviço público. Sou um homem de classe média, que vivo do meu salário.
Como comprovará quem se der ao trabalho de ler o documento que sintetiza a delação, o próprio delator afirma (no anexo 36, folhas 72 e 73) que nas doações feitas ao PSB Nacional "não houve negociação nem promessa de ato de ofício", o que significa que jamais houve qualquer compromisso de troca de favores ou benefícios. Desta forma, é completamente descabido o uso de expressões como "propina" ou “pagamento”.
Reafirmo a Pernambuco e ao Brasil que todas as doações para a minha campanha foram feitas na forma da lei, registradas e aprovadas pela Justiça Eleitoral".
Paulo Câmara
Governador de Pernambuco