Após a decisão da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) em protocolar um pedido de impeachment, o presidente Michel Temer deverá dar início, nesta segunda-feira (22), a uma busca por apoio público de outras entidades da sociedade civil brasileira. O Planalto busca, com isso, estabelecer uma imagem de que segue com respaldo da sociedade para que Temer possa prosseguir no cargo. As informações são do Jornal Folha de São Paulo.
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Informações iniciais indicam que o governo deva buscar, inicialmente, o apoio de entidades como a CNA (Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil), CNI (Confederação Nacional da Indústria), Concepab (Confederação dos Conselhos de Pastores do Brasil), entre outras.
A equipe de Temer ainda criticou o posicionamento tomado pela OAB, afirmando que a decisão da entidade de advogados é um posicionamento "mais político do que jurídico". Ainda segundo o Planalto, a decisão foi "precipitada", uma vez que ela não aguardou o resultado da perícia determinada pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Edson Fachin com relação a gravação entre Temer e o empresário Joesley Batista, dono da JBS. O governo sustenta que gravação entregue pelo empresário possui cerca de 50 edições em seu conteúdo.
Planalto reconhece que decisão da OAB fragiliza Temer
No entanto, em seus bastidores, o Planalto reconhece que a postura da OAB fragiliza o presidente. Os auxiliares de Temer classificam a instutuição como uma formadora de opinião pública, já que ela possui um histórico na luta pela democracia dentro do País. Algo que pode aumentar a força de movimentos de rua que pedem a renúncia do presidente e à convocação de eleições diretas.