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Fernando Coelho Filho continua no Ministério de Minas e Energia

O PSB pede que Coelho Filho deixe o cargo desde que as delações premiadas dos donos e executivos da JBS vieram a público, na última quinta-feira (18)

Agência Brasil
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Publicado em 22/05/2017 às 16:24
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O PSB pede que Coelho Filho deixe o cargo desde que as delações premiadas dos donos e executivos da JBS vieram a público, na última quinta-feira (18) - FOTO: Foto: André Nery/JC Imagem
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Quarenta e oito horas após seu partido, o PSB, anunciar a saída da base aliada ao governo do presidente Michel Temer, o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, despacha normalmente em seu gabinete, em Brasília.

O PSB pede que Coelho Filho deixe o cargo desde que as delações premiadas dos donos e executivos da JBS vieram a público, na última quinta-feira (18). Coelho Filho ainda não deixou claro se entregará o cargo ou se permanecerá no posto, contrariando a decisão do partido. O ministro é filho do atual senador e ex-ministro da Integração Nacional do primeiro governo Dilma, Fernando Bezerra Coelho.

No sábado (20), Coelho Filho foi o único filiado ao PSB a comparecer a um almoço no Palácio da Alvorada, logo após o presidente Temer afirmar que não renunciaria ao cargo por causa das acusações do dono da JBS, Joesley Batista. No mesmo dia, o ministro pediu até 48 horas para dizer se fica ou não no cargo. Agora, encerrado o prazo, ele estaria aguardando o resultado de uma reunião das bancadas do partido na Câmara e no Senado, segundo fontes do partido.

Em nota divulgada hoje (22) nas redes sociais, o diretório nacional do PSB voltou a mencionar a hipótese de expulsar Coelho Filho, após a conclusão do processo disciplinar instaurado pelo Conselho de Ética, quando o ministro se afastou do cargo, e retornou a Câmara dos Deputados para votar a favor das reformas trabalhista e Previdenciária, contrariando decisão do partido.

“As deliberações da comissão executiva não podem ser, em hipótese alguma, disputadas ou relativizadas por qualquer dos integrantes do partido, dado o cenário em que ocorreram e a unanimidade de que foram objeto”, diz a nota. “A sanção, que eventualmente se venha a aplicar, terá por fundamento, não apenas a infringência de disposições partidárias, mas a insensibilidade política para com as urgências dos segmentos populares”, acrescentou o PSB.

No comunicado, o partido afirma que, enquanto instituição partidária, “nunca integrou o governo”. Na quinta-feira (18), o presidente, Carlos Siqueira, e outros líderes do partido sustentavam que o PSB jamais indicou ou chancelou o nome de Coelho Filho para ocupar o ministério. O PSB propõe que Temer renuncie à Presidência da República.

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