O senador João Alberto Souza (PMDB-MA), que deverá ser reconduzido à presidência do Conselho de Ética do Senado, afirmou que dará andamento à representação apresentada pela Rede Sustentabilidade e pelo PSOL contra o senador Aécio Neves (PSDB-MG). João Alberto disse que, depois de confirmado como presidente do Conselho, irá analisar os documentos para decidir se abre ou não um processo de cassação.
"Vamos ver quais os documentos juntados. Eu sempre tenho declaro que não aceito recorte de jornal, recorte de revista, porque o conselho é instado. A revista, qualquer um escreve, jornal, qualquer um escreve. Eu tenho que ver documentos anexados. Se houver, aí sim, eu aceitarei. Primeiro, eu sorteio um relator, depois é instalado o processo", disse João Alberto Souza.
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Um dos autores do pedido, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou que Aécio Neves teria cometido os crimes de corrupção ativa, lavagem de dinheiro e obstrução de justiça com base na gravação em que aparece pedindo dinheiro para um dos donos da JBS.
"Espero agora o cumprimento do regimento interno. Não pode uma comissão ficar sem funcionamento. Obviamente, os líderes que ainda não indicaram seus representantes ao Conselho de Ética têm que fazer imediatamente e o presidente da Casa, recebendo a representação, deve despachar para o Conselho de Ética para que ele seja instalado e instaure o procedimento", declarou Randolfe Rodrigues.
O Conselho de Ética é composto por 15 membros. Os blocos Resistência Democrática (PT e PDT) e da Maioria (PMDB e PSD) têm direito a quatro vagas cada um. O bloco Social Democrata (PSDB, DEM e PV) indicará três membros. Já os blocos Socialismo e Democracia (PSB, PPS, PCdoB e Rede) e Moderador (PTB, PSC, PRB, PR e PTC) contarão com dois representantes cada. Também fará parte do Conselho o Corregedor do Senado, cargo ocupado atualmente pelo senador Sérgio Petecão (PSD-AC).
RESPOSTA
Por meio de nota, Aécio alegou que o repasse do dinheiro se refere a um empréstimo de recursos lícitos pedido ao empresário na condição de pessoa física. Os recursos, segundo o senador, seriam usados para o pagamento de um advogado e ressarcidos com a venda de um imóvel.